Tornado provoca estragos em Florianópolis
2006-01-03
Um tornado atingiu ontem à tarde a região da Ponta do Sambaqui, em Florianópolis, Sul. O fenômeno foi classificado como de baixa intensidade, o que significa ventos inferiores a 100 quilômetros por hora, mas suficiente para destelhar 16 casas da comunidade. Não houve feridos nem desabrigados. O susto, que durou menos de um minuto, preocupou a população, mas não surpreendeu os especialistas. Segundo o diretor estadual da Defesa Civil, José Mauro da Costa, os tornados são comuns em Santa Catarina, que registra cerca de dez fenômenos como este todos os anos. Os ventos ciclônicos formam-se nas nuvens pela diferença na pressão atmosférica e descem até tocar o solo, quando provocam a destruição.
No Sul do Estado, um temporal de verão assustou a população na tarde de ontem. Em Criciúma, um raio caiu próximo a uma residência, provocando um princípio de incêndio, que foi controlado pelos bombeiros. Na Avenida Centenário, muita água ficou acumulada sobre a pista, provocando pequenos acidentes e complicando ainda mais o trânsito. Muitos moradores que aproveitavam o primeiro dia útil do ano para colocar os compromissos em dia foram surpreendidos e obrigados a voltar para casa debaixo de muita chuva.
Segundo o climatologista Márcio Sônego, a chuva típica de verão deve voltar castigar a região hoje e também amanhã. "São as pancadas de fim de tarde. São provocadas pelo forte calor e pela umidade que se desloca do oceano. As pancadas devem ocorrer entre a região que vai da BR-101 até as encostas da serra", relata. Em um dia de muito calor as nuvens negras começaram a cobrir a região por volta das 16 horas. Minutos depois, uma forte pancada de chuva, acompanhada por rajadas de vento, caiu sobre os municípios do Sul do Estado.
No distrito de Estação Cocal, em Morro da Fumaça, o vento forte destruiu as vidraças de um centro comercial, destelhou algumas casas e mexeu com a estrutura de um ginásio de esportes. "Muitas ruas também ficaram com muita água acumulada. Fazia tempo que não víamos um temporal tão forte", relata o comerciante Pedro Batista de Jesus, 57. O temporal também provocou alagamentos em Urussanga em Forquilhinha, mas segundo o Corpo de Bombeiros não houve registro de problemas graves nestes municípios. (A Notícia, 03/01)