Em setembro, a AES Uruguaiana vem conseguindo atingir a meta de geração de 500 megawatts, estabelecida em contrato. A usina havia apresentado dificuldades para cumprir este objetivo nos quatro últimos meses, porém espera obter rendas suficientes para pagar o gás argentino à Transportadora de Gas del Mercosur, fornecedora de gás natural. No final da semana que vem, a AES terá que desembolsar o valor de US$ 9 milhões, para pagar o fornecimento de 2,8 milhões de metros cúbicos de gás. Apesar de estar atendendo os 500 megawatts estabelecidos, a usina ainda não conseguiu obter a marca de 100 megawatts excedentes, o que segundo o gerente da AES Uruguaiana, Roberto Sacco, é prejudicial para a saúde financeira da empresa. Segundo a CEEE e a RGE, a AES teria que buscar, de acordo com as regras do MAE, toda a energia que não pudesse produzir, no mercado livre, o valor estaria estimado em R$ 100 milhões. O presidente da AES, Mark Green, devido aos problemas enfrentados pela termelétrica, aventa a possibilidade de falência. Ele reclama que as linhas de transmissão que ligam a termelétrica ao Sistema Interligado brasileiro são insuficientes para absorver toda a energia que pode ser gerada em Uruguaiana, o que estaria impedindo a AES de atingir a produção plena. O Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos já reconheceu a necessidade de uma nova linha de transmissão de 300 Km, entre Uruguaiana e Santo Ângelo, mas a obra não foi incluída no plano emergencial. (GM RS/1e 3)