Dmae adota estratégias contra algas no Guaíba
2006-01-03
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) da Capital já adota medidas para combater e amenizar as algas que deixam verde o Guaíba, detectadas no final de semana na zona Sul. Além de adicionar à água carvão ativado para neutralizar cheiro e gosto, a autarquia estuda a utilização de novas técnicas para conter o problema e investe em pontos de captação.
As algas provocam mau cheiro e gosto ruim na água. As Estações de Tratamento de Água (ETAs) foram preparadas para garantir melhor dosagem e mais tempo de contato do carvão ativado em pó com a água bruta, o que poderá dar maior eficácia à aplicação do produto.
Desde 2005, o Dmae desenvolve um programa de remoção do mexilhão dourado das canalizações e de poços de sucção nos sistemas de captação. O Dmae também ampliou o cronograma de lavagem e de desinfecção dos 98 reservatórios da rede de distribuição de água na cidade, além da recuperação dos filtros e dos tanques de decantação das estações de tratamento.
O departamento utiliza ainda novas técnicas para conter o problema. Na ETA de Belém Novo, emprega um composto sintético de origem vegetal em substituição ao sulfato de alumínio. Na ETA da Tristeza, está em andamento a obra de um novo ponto de captação, com investimento de R$ 1,6 milhão.
A canalização, que deverá estar pronta entre fevereiro e março próximos, tem 710 metros, dos quais 540 são subaquáticos. A iniciativa visa à captação em um dos pontos de maior correnteza do rio, onde a água é mais rica em biodiversidade.
As algas azuis foram detectadas na vistoria realizada entre sábado e domingo em Ipanema, na Vila Assunção e próximo à ETA Tristeza. Em vista disso, o Dmae passou a aplicar carvão ativado em pó de forma constante. Não foi encontrado nenhum sinal dessas algas nos outros pontos de captação, que representam 94% da água tratada da cidade. A floração das algas ocorre quando há alto índice de poluição, calor e estiagem.
A presença das espécies não afeta a qualidade da água, que atende aos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, informa o Dmae. (CP, 3/1)