Algas azuis localizadas no Guaíba
2006-01-02
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) identificou a presença de algas azuis do tipo cianobactérias do gênero Planktothrix no Guaíba. As algas provocam mau cheiro e gosto ruim na água.
O problema foi localizado na região de Ipanema, Vila Assunção e próximo ao ponto de captação de água da Estação de Tratamento (ETA) Tristeza. Para amenizar a situação, o Dmae passou a aplicar carvão ativado em pó na ETA Tristeza. A análise, feita pelo Laboratório da Divisão de Pesquisa, foi divulgada ontem (1º/01).
A apuração não identificou floração nos outros cinco pontos de captação de água bruta no Guaíba, que representa 94% da água que abastece a população.
Está ainda sendo aplicado carvão ativado em Belém Novo, como medida de segurança, e na represa da Lomba do Sabão, onde análises registraram existência de algas. A floração das algas é motivada por calor, estiagem e poluição.
O estudo da água do Guaíba resultou na liberação, pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, das praias da orla para banho. Estão liberados todos os pontos do Lami e de Belém Novo. O Dmae realiza semanalmente análise das águas em sete pontos da orla. Conforme o órgão, os técnicos levam em conta também os pontos de extravasamento, mecanismo que dá vazão em caso de sobrecarga da rede em dias de chuva intensa.
Apesar da liberação, a balneabilidade na praia do Veludo, em Belém Novo, está sendo posta em xeque pelo presidente da ONG Guardiães do Guaíba, Gilson Tesch. Ele pretende recorrer hoje ao Ministério Público do RS mostrando o extravasamento do esgoto cloacal direto no Guaíba.
O superintendente de operações do Dmae, Valdir Flores, disse que não há registro de problemas. Admitiu, porém, existir um ponto para dar vazão em caso de sobrecarga. (CP, 2/1)