Biojóias feitas por presidiárias do Distrito Federal são exportadas
2006-01-02
As jóias produzidas por presidiárias do Distrito Federal, utilizando elementos da natureza, principalmente sementes do Cerrado, viraram produto de exportação. A empresa Arte Brasil Bijuterias e Acessórios, com sede em Brasília desenvolve um trabalho em conjunto com as presidiárias e as peças vêm chamando a atenção não apenas das consumidoras brasileiras como também de outros países.
As peças são vendidas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e alguns estados nordestinos. Mais recentemente, as jóias ganharam as consumidoras inglesas, francesas, italianas, alemãs e norte-americanas.
A dona da Arte Brasil Bijuterias e Acessórios, Suzana Rodrigues, explica que procurou a Delegacia da Mulher, em Brasília, para oferecer cursos gratuitos de confecção de bijuterias.
- Ali, tive a sugestão de levar essa oferta à Penitenciária Feminina do Distrito Federal que já tem um núcleo de educação para as internas com bom comportamento - contou.
A partir daí, a empresária ministrou um curso de montagem das bijuterias durante um mês para nove presidiárias. Com o apoio do Sebrae no Distrito Federal, elas começaram a produzir as jóias utilizando a matéria-prima do Cerrado.
Suzana capacitou 250 presidiárias, sendo que 30 trabalham diretamente na produção contínua de cerca de 2.400 peças por mês. As internas são remuneradas por produção, que pode variar de R$ 1 a R$ 15, dependendo do tipo de bijuteria e do grau de dificuldade para a confecção. (O Globo, 30/12)