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2006-01-02
A ilha do Arvoredo, a 11 quilômetros ao norte de Florianópolis, será a primeira ilha oceânica do Brasil a contar com energia solar. O equipamento deve estar funcionando até o fim de março e vai substituir os geradores a óleo diesel que hoje fornecem energia elétrica para as instalações da Marinha no local, inclusive o farol. A medida vai praticamente eliminar o risco de um acidente ecológico por vazamento de óleo na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Esse risco hoje é grande, por causa das condições de desembarque na ilha.

A Marinha mantém na ilha do Arvoredo, próximo ao mar, um depósito com capacidade para até 10 mil litros de óleo, além de desembarcar mensalmente mais 1,2 mil litros, a média de consumo dos geradores. Como não é possível atracar, uma em-barcação faz o transporte do combustível até as proximidades da ilha. Os tonéis são então lançados ao mar, rebocados por um bote inflável e içados para terra firme. Durante essa operação há risco de rompimento dos tonéis e contaminação da área da reserva.

O projeto é resultado de uma parceria entre a Marinha, a Eletrosul e as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A Eletrosul vai disponibilizar 210 placas fotovoltaicas (que convertem a radiação solar em energia elétrica), 90 baterias (que armazenam a energia para que ela possa ser utilizada à noite) e torres para a instalação do equipamento, num investimento total de R$ 500 mil. A Marinha vai fazer o transporte até a ilha e a Celesc fica responsável pela manutenção do sistema.

De acordo com engenheiro Flávio Ataíde Pedro, consultor do projeto para a Capitania dos Portos, um pequeno gerador a diesel, menor que os atuais, será mantido como sistema auxiliar. "As placas dependem de exposição à luz do sol para produzir energia, por isso é preciso um sistema de reserva para o caso de uma seqüência de dias sem sol, que façam cair a carga do sistema", explica. "Mas esse sistema vai consumir, no máximo, 30 litros de óleo diesel por mês", diz o engenheiro. Esse volume corresponde a 2,5% do consumo atual.

A Marinha vai fazer o transporte do equipamento para a ilha do Arvoredo no dia 10 de janeiro, a partir da base da Capitania dos Portos em Florianópolis. De acordo com o presidente da Eletrosul, MiltoMendes, a meta é iniciar as obras de instalação do sistema na ilha ainda em janeiro, com prazo de conclusão em 60 dias. Além do farol, os geradores abastecem uma pequena estação meteorológica e uma casa de apoio, utilizada por equipes de cinco militares que se alternam a cada 20 dias na base.

Programa estimula sistemas alternativos
A instalação de geradores movidos a energia solar faz parte de um programa do Ministério das Minas e Energia para implantar sistemas alternativos onde chegam as redes convencionais de energia elétrica. Há cinco anos, o Programa de Desenvolvimento Energético em Estados e Municípios (Prodeem), em parceria com a Celesc, começou a levar a energia solar a escolas isoladas no interior de Santa Catarina. Hoje, como a rede convencional da Celesc já chegou à maioria dessas escolas, os equipamentos estão sendo retirados para instalação em outros locais.

Na primeira fase do programa, os kits de energia solar já haviam sido instalados em ilhas costeiras nas proximidades de Florianópolis (Ratones Grande, Campeche e ilha dos Guarás). Com a retirada dos kits das escolas, a Marinha solicitou que a ilha do Arvoredo fosse incluída no programa, contemplando pela primeira vez uma ilha oceânica. A operação já obteve o aval do Ministério das Minas e Energia e da Celesc, faltando apenas a formalização do convênio. Mesmo antes disso, no entanto, o equipamento já será transportado para a ilha.

De acordo com o presidente da Eletrosul, MiltoMendes, a estatal está buscando parcerias para implantação do sistema em outros locais de difícil acesso, como o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça, e o Morro da Igreja, em Urubici. (A Notícia, 31/12)

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