Mortalidade de tartarugas preocupa o Nema
2006-01-02
O Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) de Rio Grande está preocupado com a alta mortalidade de tartarugas-de-couro registrada em dezembro. Durante saída a campo realizada na quarta-feira (28/12) passada, do Cassino ao Chuí, técnicos do Projeto Tartarugas Marinhas do Litoral do Rio Grande do Sul, do Nema, encontraram 60 tartarugas-de-couro (Dermochelys coriacea) mortas. No mês, foram 76.
Segundo a bióloga Danielle Monteiro, não é comum o registro de número tão grande de óbitos desses animais. Esta é a espécie de tartaruga marinha mais ameaçada de extinção do mundo. "Em dez anos de trabalho, registramos 118 indivíduos dessa espécie mortos. Agora, em uma saída, 60. Em todo o mês de dezembro do ano passado achamos sete", destacou.
O litoral gaúcho é uma importante área de alimentação para essa e outras quatro espécies de tartarugas marinhas. A equipe do projeto tenta descobrir o motivo da alta mortalidade. Uma das hipóteses é de que número maior delas tenha migrado para a região e sido capturado acidentalmente em redes de pesca. A mortalidade pode ter sido gerada ainda por uma soma de fatores. As tartarugas marinhas se reproduzem em praias tropicais e vêm para a costa do Rio Grande do Sul na primavera e no verão.(CP,1º/01)