Setor madeireiro do Amazonas gera mais de 3.600 empregos e contabiliza 403 planos de manejo elaborados
2005-12-30
A cadeia produtiva da madeira no Amazonas fechou o ano de 2005 com saldo positivo de mais de 403 planos de manejo florestal elaborados, em contraste com uma redução de 67,58% no índice de desmatamento no Estado. O Ano de 2005 marca ainda os primeiros passos de diversas associações de extratores na busca pelo ‘selo verde’.
O fomento à atividade madeireira do Estado, coordenado pela Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis (AFLORAM) ganhou mais fôlego neste ano, com a expansão das ações governamentais para mais de 70% dos municípios do Estado. Desde que foi criada, a AFLORAM já elaborou 403 Planos de Manejo Florestal Madeireiro em Pequena Escala (áreas com até 500 hectares), o que representa a produção de mais de 80.000 m3 de madeira em comunidades do Estado.
“O Programa Zona Franca Verde está mobilizando os próprios comunitários para gerar desenvolvimento para as famílias do interior. Nesse sentido, a extração de madeira ordenada e com qualidade é uma das maiores apostas da AFLORAM para o próximo ano que deverá marcar também um aumento surpreendente de madeiras com o selo verde”, avaliou Malvino Salvador, diretor-presidente da autarquia.
A atividade madeireira legalizada gera, atualmente, no Amazonas, cerca de 3.600 empregos para pequenos produtores em potencial na safra da madeira e uma renda média de R$ 22.169,00 por plano, o que representa o surgimento de uma atividade de escala industrial no Amazonas. “A Agência de Florestas vem ensinando desde o ano 2003 as técnicas de manejo para pequenos produtores do interior. Antes do Governo Eduardo Braga, estes métodos de corte responsável da floresta eram utilizados apenas por grandes empresas. Pode-se dizer que atualmente a madeira dos comunitários possui a mesma qualidade das grandes industrias”, disse o diretor-presidente da AFLORAM.
A expectativa da Agencia para 2006 é intermediar as negociações da madeira do Amazonas com mercados mais justos e difundir mais intensamente a certificação florestal para o Estado, como já aconteceu com a produção de Boa Vista do Ramos, que recebeu o ‘selo verde’ do FSC (sigla em inglês para Forest Stewardship Council, que significa Conselho de Manejo Florestal) em março deste ano e já está apta para exportação.
Com o selo verde, a madeira amazônica, ganha mais valor e passa a ser exemplo de uso responsável da terra. Depois de Boa Vista do Ramos, um grupo de 11 extratores de madeira do município de Carauari serão os próximos a receber a auditoria do IMAFLORA (órgão credenciado pelo FSC no Brasil) para a obtenção do ‘selo verde’.
(Informações da AFLORAM)