As ocorrências de fogo em campos e matos estão preocupando o Corpo de Bombeiros de Pelotas (CBPel). Somente em dezembro já foram contabilizados 35 atendimentos.

Ao longo de 2005, os soldados foram chamados 240 vezes para o combate a incêndios do tipo. A estiagem e a falta de cuidado são os principais responsáveis pela situação.

Por enquanto, o volume de casos no ano só perde para 2004, quando foram registradas 266 ocorrências, o maior número dos últimos cinco anos. "Se não chover, a situação vai piorar", diz sargento Paulo Cezar Souza.

O desgaste dos bombeiros que atuam no combate é o maior problema apontado pelo comandante do CBPel, capitão Marco Leandro Petry. Em poucos casos é recomendado o uso de água para conter fogo em campo, restando então aos soldados apelarem para batedores - peças de madeira com tiras de borracha na ponta - ou galhos para abafar as chamas.

Com três caminhões em funcionamento e um na oficina, com o motor fundido, além de 14 homens para trabalhar por turno, o comandante da unidade admite que por vezes tem de buscar bombeiros em folga e usar servidores administrativos para formar guarnições extras e dar conta do volume de ocorrências. Além de Pelotas, outras 14 cidades são atendidas pelo CBPel. (CP, 29/12)