Cuba quer criar novas empresas de biotecnologia com a China
2005-12-29
Cuba estuda criar novas empresas de biotecnologia em conjunto com a China, disse na terça-feira (27/12) o periódico oficial do Partido Comunista de Cuba, o Granma.
Autoridades cubanas e chinesas assinaram um convênio nesta semana em Pequim para ampliar a cooperação biotecnológica entre os dois países nos próximos três ou cinco anos.
"Esse acordo respondeu à vontade comum de fortalecer a cooperação institucional, fomentar a colaboração no campo da biotecnologia e estudar o estabelecimento de empresas mistas e projetos conjuntos de investigação e desenvolvimento de interesse mútuo", afirmou o periódico.
Cuba e China mantêm pelo menos duas sociedades para a produção de medicamentos como o interferon.
A biotecnologia é um dos setores mais promissores da economia cubana, no qual o presidente Fidel Castro investiu mais de 1 bilhão de dólares nos últimos 15 anos.
Cuba previa gerar este ano uma renda de 300 milhões de dólares em produtos farmacêuticos, o que coloca a indústria da biotecnologia em quinto lugar na geração de renda do país, atrás dos serviços médicos, do turismo, das remessas e do níquel.
A China é, junto com a Venezuela, uma das responsáveis pelo dinamismo da economia cubana, que segundo o governo cresceu 11,8% em 2005.
Pequim vem ajudando Cuba com empréstimos para a compra de bens de consumo e equipamentos de infra-estrutura. O comércio entre os dois países cresceu mais de 56% nos primeiros nove meses de 2005, chegando a 628 milhões de dólares.
China e Cuba assinaram acordos de colaboração em cerca de 20 áreas, da saúde às telecomunicações, passando pela meteorologia.
(Reuters, 28/12)