Um estudo denominado A Review of Environmental Disclosure in the Oil Industry, recentemente publicado pela UNEP (agência das Nações Unidas para proteção ambiental) mostra que os relatórios sobre meio ambiente de grandes corporações petrolíferas não são claros ao grande público. O relatório contém informações sobre gigantes como BP Amoco, Exxon Mobil e TotalFina. Foi realizado pela UNEP em conjunto com os grupos Amnestry UK Business, Association of Chartered Certified Accountants, Corporate Citizenship Unity, da Warwick Business Scholl (Reino Unido), Council for Economic Priorities (EUA), Fondazione Eni Enrico Mattei (Itália), Jessie Smith Noyes Foundation, Tellus Institute e World Resources Institute (EUA). Algumas conclusões desse estudo são: *as grandes empresas do setor petrolífero estão se tornando padrões em termos de confecção de relatórios sobre as suas práticas de proteção ambiental, mas isso não acontece com pequenas empresas nem com empresas detidas por governos ou por consórcios; *os dados quantitativos dos relatórios ambientais estão voltados primeiramente à questões de investimentos versus resultados, e a incidentes, gastos com o meio ambiente, políticas e sistemas de gerenciamento; * há uma notável ausência, na maioria dos relatórios, de medidas relativas aos atuais impactos ambientais, ao desempenho relativo a metas, a problemas com o uso da terra, a biodiversidade, bem como ao impacto do uso de produtos petroquímicos; * há dois grandes obstáculos para a avaliação de relatórios ambientais na indústria: falta de claridade sobre as datas a que se referem os dados e falta de possibilidade de comparação entre os relatórios, pois as metodologias usadas nas respectivas confecções são muito diferentes.