DMLU cuidará da limpeza interna do Arroio Dilúvio
2005-12-28
A poluição de Arroio Dilúvio, na Capital, está mais evidente a cada dia que
passa, principalmente devido ao baixo nível das águas durante o período de seca.
Ontem (27/12), o lixo - móveis, madeira e sacos plásticos - estava acumulado em
grande parte do leito. “A poluição sempre está lá, mas fica mais evidente nesta
situação”, afirmou Daniela Bolner, coordenadora do programa Pró-Dilúvio da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam). Segundo ela, diversos projetos da
prefeitura devem entrar em prática no ano que vem para melhorar a situação do
Dilúvio.
Uma das ações será deixar sob responsabilidade do Departamento Municipal de
Limpeza Urbana (DMLU) a limpeza interna do arroio, a partir do dia 10 de janeiro.
Atualmente o DMLU é responsável apenas pela limpeza do gramado que circunda o
Dilúvio. Um encontro para debater o assunto deve ser realizado na próxima semana
entre representantes das secretarias municipais, autarquias e o prefeito José
Fogaça. “Temos que fazer uma operação conjunta, já que não adianta limparmos se
as pessoas continuarem jogando lixo no local”, afirmou o diretor-geral do DMLU,
Garipô Selistre.
A primeira ação será remover os moradores de rua debaixo das pontes, contando
com o apoio da Fasc. Segundo Selistre, das 14 pontes do Dilúvio, dez estão
ocupadas por sem-teto. “Esse pessoal costuma trabalhar com reciclagem. O lixo
que não é utilizado é todo depositado dentro do arroio”, explicou. Conforme o
diretor, a Smov deverá fechar os acessos, para impedir a volta dos moradores de
rua. Outro projeto prevê a contratação de uma equipe que auxiliará o
Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) a identificar as conexões
irregulares de esgoto ligadas ao arroio. Segundo o Dmae, serão necessários R$ 6
milhões em obras para em duas sub-bacias. (JC, 28/12)