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2005-12-28
O AmbienteBrasil fez um apanhado dos principais acontecimentos do ano que passou e publica-o em partes, hoje e nos próximos quatro dias, dentro da série Retrospectiva Ambiental 2005.

PROTOCOLO DE KYOTO

Em 16 de fevereiro deste ano, o Protocolo de Kyoto entrou em vigor, assinado por 141 países. O documento estabeleceu as principais metas de redução da emissão de gases poluentes no planeta, que estão ligados ao aquecimento global. Apenas 30 nações, consideradas industrializadas, sujeitaram-se obrigatoriamente às metas. Os Estados Unidos ratificaram o protocolo, porém, em 2001, retiraram-se das negociações, alegando estarem preocupados em manter a economia estável. Os países em desenvolvimento, como o Brasil e a China (apesar de ser o segundo maior país emissor de gases poluentes do mundo), ficaram livres de metas específicas.

O Brasil foi apontado pela ONU – Organização das Nações Unidas -, no dia posterior à assinatura do tratado, como grande beneficiário de Kyoto, já que, através do MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo -, poderia obter créditos de carbono para negociar com os demais signatários ao protocolo. O país, apesar de não ser obrigado a cumprir as metas, promoveu uma série de encontros e eventos para debater medidas de redução do lançamento de gases causadores do efeito estufa.

Assim como o Brasil, outros países tomaram atitudes para uma menor emissão de CO2 na atmosfera, como a China, por exemplo. Apesar da recusa dos Estados Unidos em participar do protocolo, 28 dos 50 estados americanos e dezenas de empresas multinacionais sediadas no país adotaram voluntariamente medidas de redução de gases poluentes com o objetivo de combater o aquecimento global, no final de fevereiro. No mês seguinte, a Noruega inaugurou a primeira bolsa mundial para compra e venda de cotas de emissão de dióxido de carbono.

Em julho, Estados Unidos e Austrália elaboraram, em conjunto, uma espécie de alternativa ao Protocolo de Kyoto. China, Índia e Coréia do Sul também participaram da negociação. A idéia foi reunir os paíss responsáveis por 40% das emissões mundiais.

Previsto desde fevereiro deste ano, o Canadá sediou, no final de novembro, a Décima Primeira Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 11). O evento reuniu 190 países para discutir o futuro da gestão do clima pós-Kyoto. A idéia foi propor um segundo período de compromisso do protocolo, de 2013 a 2017 ou 2020. Quem encabeçou as negociações foi a União Européia, que pretende colocar países do Terceiro Mundo, como o Brasil, a China e a Índia para cumprir as metas, além de convencer os EUA a participar do protocolo.

CATÁSTROFES NATURAIS

2005 foi um ano recorde para os desastres naturais e meteorológicos, que mataram 350 mil pessoas nos últimos 12 meses e provocaram prejuízos econômicos calculados em US$ 200 bilhões, conforme dados da OMM - Organização Meteorológica Mundial.

Além da tsunami que atingiu o sudeste asiático e do terremoto de 8 de outubro no Paquistão (com 70 mil mortes), 2005 foi o ano em que houve mais tempestades tropicais, contabilizando um total de 26, o que superou o recorde de 1933, em que ocorreram 23 tempestades.

Em 2005, houve 14 furacões, o que também supera o recorde (12) registrado em 1969, segundo os dados da OMM, que destaca que sete deles alcançaram uma categoria de 3 ou mais na escala de Saffir-Simpson.

O ano de 2005 também foi o segundo mais quente dos últimos anos, segundo dados da OMM, atrás de 1998, e um dos quatro mais quentes desde que as medições começaram a ser realizadas, em 1861. No entanto, para a Organização, não existem evidências de que a "excepcional devastação" registrada nos últimos anos, em termos meteorológicos, esteja relacionada com o aquecimento do planeta.

Mas esse é o entendimento, por exemplo, de Thomas Loster, Diretor Executivo da Fundação Re de Munich e membro da Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Loster acredita que as catástrofes naturais de 2005 estão ligadas às mudanças climáticas e afirmou, baseado em estudos, que esta é uma tendência crescente muito mais forte que os desastres relacionados a terremotos, no período de 1950 e 2004.

CAMADA DE OZÔNIO

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida aumentou em relação à 2004, invertendo uma tendência de queda. No período de maior intensidade, do fim de setembro a meados de outubro, o tamanho chegou a 24,3 milhões de quilômetros quadrados, quase três vezes a área do Brasil. Em 2004, a área desprovida de proteção aos raios ultravioleta atingiu 24 milhões de quilômetros quadrados. Os números foram divulgados pela Nasa, a agência espacial norte-americana.

E, de acordo com cientistas, a recuperação da camada de ozônio vai demorar mais do que o previsto. Os mais recentes modelos prevêem que a camada protetora de gás na estratosfera não vai se recompor até o ano de 2065. É mais de uma década além do que se acreditava anteriormente. Tal fato foi anunciado numa conferência nos Estados Unidos, no início de dezembro.

Em agosto, a Organização Meteorológica Mundial - OMM - anunciou que a camada de ozônio deve piorar até meados deste século. Segundo um especialista, "levará várias décadas" para que os gases que têm provocado o fenômeno - clorofluorcarbonetos (CFC) e halon - caiam a níveis aceitáveis ou desapareçam. (Ambiente Brasil 27/12/05 - Link:http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=22323)

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