Colônias de briozoários trazem poluição visual ao Cassino
2005-12-28
O aparecimento de grande quantidade de briozoários - pequenos animais que vivem em colônias, normalmente presas a um substrato rochoso ou a um navio naufragado - intrigou ontem os veranistas do balneário Cassino. A ocorrência se deu a partir do monumento à Iemanjá, em direção à Querência, ao longo de um quilômetro.
Na área, formou-se um tapete, com até 40 centímetros de espessura em alguns pontos. Como o volume era grande, a Secretaria Especial do Cassino (SEC) mobilizou duas motoniveladoras, dois carregadores e quatro caminhões para fazer a limpeza do local.
Segundo o professor César Cordazzo, do Departamento de Oceanografia da Fundação Universidade Federal de Rio Grande (Furg), ainda não foi possível identificar a espécie, mas não se trata de algas, apesar da semelhança. Devido ao forte vento Sul dos últimos dias, os briozoários podem ter se desprendido do costão rochoso do Uruguai e chegado ao Cassino pela ação do vento e das correntes.
Como vivem em colônias, são filtradores de pequenas partículas dissolvidas na água, das quais se alimentam. A princípio, não são tóxicos e não trazem prejuízo ao ser humano. Apenas causam poluição visual e cheiro desagradável quando em processo de decomposição.(CP, 28/12)