Mato Grosso do Sul terá R$ 6 milhões para plano de recursos hídricos
2005-12-27
O Ministério do Meio Ambiente vai destinar, até 2007, R$ 6,7 milhões para
projeto que prevê apoio na implementação do Programa Pantanal com foco principal
no componente de gestão de recursos hídricos. O repasse ao governo estadual, que
foi firmado em 18 de julho deste ano, só foi publicado na edição de ontem
(26/12) do Diário Oficial do Estado, com assinatura do secretário de Estado de
Meio Ambiente, José Elias Moreira. Conforme o documento, a Sema é que estará
responsável pelo acompanhamento e avaliação das ações do projeto, denominado
BRA/05/03. O secretário de Meio Ambiente foi procurado, mas não foi encontrado
para falar do assunto.
O coordenador Geral Estadual do Programa Pantanal, Job Abrão, informou ao Campo
grande News que o projeto será desenvolvido por meio do PNUD (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento) e terá também recursos oriundos do Estado.
A verba, segundo ele, será investida na elaboração de um plano estadual de
recursos hídricos, que prevê o planejamento da gestão dos recursos hídricos, da
política de recursos hídricos, tanto superficiais, quanto subterrâneos, da
formação dos comitês de bacias. Serão os comitês, conforme Abrão, que vão
definir a política de preservação de recursos hídricos e uso da água em cada
bacia.
– Sem o plano não tem como se nortear as ações, pois cada sub-bacia tem suas
características-. Job Abrão explicou que o projeto, embora tenha nome do
Programa Pantanal, vai beneficiar não só os rios da BAP (Bacia do Alto Paraguai),
mas também a Bacia do Paraná. O coordenador explicou que não tem como se fazer
plano para apenas uma bacia em detrimento de outra.
Pelo cronograma de liberação, em 2005, foram repassados R$ 1.051.395,47, sendo
esperados R$ 977.593,00 para o ano que vem e R$ 1.042.525,51 em 2007, último ano
de execução do projeto. No entanto, os demais recursos, não são detalhados no
contrato publicado.
Abraão também não soube informar detalhadamente o destino dos recursos, mas
disse que a primeira parcela deve ser aplicada na contratação de consultores que
vão elaborar o plano. A intenção é que o plano seja concluído ainda em 2006. Já
a aplicação dos recursos futuros, segundo ele, depende da demanda a ser definida,
como o fortalecimento das gerências de recursos hídricos e apoio aos comitês de
bacias.
Atualmente, segundo ele, o Estado dispõe de apenas um comitê, que está em fase
de formulação, que é o do rio Miranda. (Campo Grande News, 26/12)