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2005-12-27
O constante crescimento do segmento de florestas plantadas no Brasil, onde os investimentos em expansão estão projetados em US$ 20 bilhões até 2014, levou a multinacional finlandesa Ponsse Oyj a escolher o país para ancorar seu projeto global de ampliação da produção de máquinas para extração de madeira.

Nesse sentido, a empresa acaba de arrendar um terreno em Mogi das Cruzes (SP) e já iniciou ali a instalação de sua plataforma para a produção mundial de cabeçotes processadores de eucaliptos. Será a primeira do gênero no país. Também conhecido como harvester, o equipamento faz o corte e o desbaste da madeira.

Com posição sedimentada entre as maiores fabricantes mundiais de equipamentos para colheita de pinus (madeira muito utilizada na Europa), a Ponsse Oyj passou a explorar o mercado de máquinas para eucalipto neste ano, a partir da compra da também finlandesa Lako, então líder global no nicho. Do eucalipto é extraída uma madeira mais fina, que precisa ter a casca extraída para ser utilizada pelas indústrias de celulose.

— Escolhemos o Brasil para produzir as linhas anunciadas tendo em vista o grande potencial de expansão da produção de eucaliptos no país e também no Chile, Uruguai e Argentina - afirma Claudio Costa, presidente da Ponsse para a América Latina.

Costa lembra que uma série de projetos de produção de madeira a partir de florestas plantadas foram anunciados recentemente no Mercosul. Entre eles ele cita a construção de fábricas de celulose na Argentina pela também finlandesa Metsae-Botnia e pelo grupo espanhol Ence, e aportes da sueca-finlandesa Stora Enzo na exploração de eucaliptos no Brasil e Uruguai.

Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), em 2005 foram plantados 600 mil hectares de eucaliptos e pinus no país, 20% mais que em 2004. A área total, com isso, chegou a 5,5 milhões de hectares. Esse mercado, segundo a Abraf, movimenta US$ 17 bilhões por ano no Brasil.

Levantamento da STPC Engenharia de Projetos aponta que o consumo nacional de madeira chega a 130 milhões de metros cúbicos por ano, voltados sobretudo à produção de celulose e móveis. Do total, os eucaliptos respondem por 80 milhões de metros cúbicos.

Marco Tuoto, gerente de planejamento e controle de operações da STPC, diz que no Brasil (que responde por 3% do comércio mundial de produtos florestais), 40% da colheita é mecanizada e há entre 250 e 300 harvesters em uso pelas indústrias. Na Finlândia (que tem participação de 8% no mercado global), 95% da colheita é mecanizada e são utilizadas em torno de 2 mil máquinas para a colheita.

Segundo a STPC, as máquinas florestais devem movimentar até R$ 210 milhões em 2005 - 45% do total em máquinas de corte.

Costa, da Ponsse, diz que o lançamento mundial da linha de harvesters para eucalipto será em março. A capacidade de produção da fábrica ainda é mantida em sigilo. A meta, segundo ele, é desenvolver também outros produtos no longo prazo.

Costa diz que a Ponsse produzirá apenas os harvesters. As escavadeiras que carregam o equipamento ficarão a cargo de uma montadora sueca com fábrica no Brasil, cujo nome não foi revelado. A mesma empresa fará a distribuição das máquinas dos finlandeses.

Costa diz que cada cabeçote custa, em média, US$ 100 mil. Com a escavadeira, o conjunto chega a custar US$ 300 mil. A múlti também pretende comercializar carregadeiras (forwarders), que transportam as toras de madeira.

Costa foi convidado para trabalhar na Ponsse em maio, depois de 20 anos na Valtra. Esta pertencia à finlandesa Kone e foi comprada pela americana AGCO em 2003. A Ponsse é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na bolsa de Helsinki. Nos nove primeiros meses do ano fiscal 2005, seu faturamento global cresceu 27,6% sobre o mesmo período de 2004, para 166,8 milhões. O lucro operacional, por sua vez, subiu 47,2% na mesma comparação, para 19,5 milhões. A internacionalização começou em 2003, e hoje há filiais na Suécia, Noruega, França, Reino Unido, Rússia, EUA e Brasil. (Valor Online, 26/12)

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