A Ruptura do Meio Ambiente
2005-12-26
Como uma sociedade despreparada para o desconhecido enfrenta um fato inesperado? Nos últimos anos, uma série de fenômenos naturais como tsunamis, ciclones que apresentam trajetórias e magnitudes surpreendentes, terremotos e mudanças climáticas bruscas vem assombrando o imaginário ambiental da humanidade. Não há como negar: as forças da natureza não podem mais ser olhadas como espetáculos lineares e previsíveis. Tendo em vista essa nova realidade, o geógrafo Luís Henrique Ramos de Camargo realiza no livro A Ruptura do Meio Ambiente uma interpretação original que vem trazer novos e importantes debates a respeito da dinâmica planetária e das possibilidades de rompimento do atual padrão ambiental ocasionado pela evolução conjunta da cultura, do processo produtivo e do meio natural.
A Ruptura do Meio Ambiente pretende comprovar que o modelo de ciência clássica, que tem sua gênese associada ao paradigma cartesiano-newtoniano, é ineficaz para responder aos graves problemas que têm afligido a sociedade planetária. Propõe, para isso, uma visão sistêmica a partir das teorias surgidas após o advento da mecânica quântica como alternativa analítica à questão. Dessa forma, Luís Henrique Ramos de Camargo desconstrói antigas verdades científicas baseadas no modelo cartesiano-newtoniano-baconiano e monta uma nova série de conceitos que explicam a intrínseca interconectividade que existe nas relações da sociedade com a natureza. E, a partir desse novo debate científico, demonstra como os processos ambientais se desenvolvem em patamares, muitas vezes não sincrônicos ou previsíveis, buscando assim explicar como as ações humanas interferem efetivamente no processo evolutivo da Terra.
— Para entender essas questões, durante sete anos de pesquisas e, principalmente, de surpresas e espanto, fui aos poucos tentando superar meus preconceitos e aceitar a possibilidade da existência de fenômenos como a imprevisibilidade, o acaso, a interconectividade e a noção de que os processos naturais e sociais encontram-se em constante mutação, propiciada pela sua própria conectividade-, revela o autor. — E, assim, deparava-me com um novo mundo que superava 300 anos de filosofia cartesiano-newtoniana, sentindo-me como um visitante alienígena observando novas lógicas que se descortinavam aos meus olhos. Como compreender um mundo que em sua essência é interconectado se a sociedade se apresenta fragmentada e segregadora? Como verificar a imprevisibilidade em uma ciência que está pautada na tentativa de controlar o amanhã?
A Ruptura do Meio Ambiente analisa conceitos que vão da Idade Média ao advento da física quântica, discute desde a gênese da ciência geográfica até o surgimento do conceito de espaço geográfico, explica a idéia da relatividade do espaço-tempo capitalista, estuda a questão das transformações do meio natural e debate a evolução conjunta do planeta por meio da análise geográfica espacial. Por fim, permite que o leitor vislumbre um mundo muito mais harmônico.
Sobre o autor
Luís Henrique Ramos de Camargo é geógrafo, especialista em Ciências Ambientais, Mestre em Gestão Ambiental e Doutor em Geografia pela UFRJ. Leciona atualmente Ecologia Política na UERJ e Geografia no Colégio Federal Pedro II. Também é professor nas cadeiras de Consultoria e Projetos e Geografia na Universidade Estácio de Sá.
Livro: A Ruptura do Meio Ambiente
Lançamento: dezembro de 2005
Autor: Luís Henrique Ramos de Camargo
Preço: R$ 33,00
Páginas: 238
Formato: 14 x 21cm
Editora Bertrand Brasil & Difel / Grupo Editorial Record
(Informações da Record)