O Rio dos Sinos foi monitorado durante o sábado (24/12). O motivo é o risco de mortandade de peixes devido à chuva de sexta-feira (23/12). Técnicos da Fepam fizeram contato com moradores ribeirinhos, que atuam como olheiros.

Segundo o chefe da Divisão de Planejamento e Diagnóstico da fundação, Jackson Müller, a precipitação levou muita carga orgânica para as águas, o que pode afetar o oxigênio dos peixes. –Como a chuva prosseguiu, diferente do que ocorre nas enxurradas, quando geralmente há morte de peixes, pode ser que nada aconteça, porém estamos atentos–, frisou.

A precipitação registrada no Vale do Sinos, sexta-feira (23/12), chegou a 24,1 milímetros, mas foi pouca para aliviar a situação do rio. No ponto de captação do Serviço Municipal de Água e Esgoto de São Leopoldo, o nível subiu 20 centímetros em relação à quinta-feira (22/12), mas o aumento ocorreu mais devido à queda do consumo do que em razão da chuva, segundo especialistas.

Em Campo Bom, onde fica a régua referenciada pela Agencia Nacional das Águas (Ana) e eleita pelo Comitesinos como parâmetro do Sinos, o nível também aumentou 20 centímetros, chegando a 1,30 metro.

A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo informa que dezembro está longe de atingir níveis de precipitação como do mesmo mês de 2003, quando choveu em média 211,8 milímetros. Os números indicam que os últimos dois anos têm sido mais secos.

Em dezembro de 2004, choveu 21,6 milímetros, contra 44,7 já registrados esse mês na região. A média de precipitação no Vale do Sinos nos meses de dezembro de 1997 até 2004 é de 126,8 milímetros. (CP, 24 e 25/12)