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2005-12-23
Um mapeamento completo da Amazônia, distinguindo as áreas desmatadas do solo já em reflorestamento e a vegetação queimada. Este é o objetivo do Projeto Panamazônia II, que está sendo desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável pela divulgação anual do índice de desmatamento da Amazônia Legal. Este índice é resultado do Prodes – Monitoramento da Floresta Amazônia Brasileira por Satélite, que, junto com o Deter - Detecção de Desmatamento em Tempo Real, também do Inpe, viabilizou a criação do Panamazônia II, cujo objetivo é o de retomar o monitoramento global de toda a floresta tropical úmida da América do Sul, utilizando as imagens MODIS.

— Pretende-se, assim, avançar para muito além daqueles temas correntemente mapeados. Vamos mapear Floresta, Floresta Alterada, Cerrado, Rebrota, Área Queimada, Desmatamento Total, Hidrografia, Nuvem, Cidade, Estrada, Porto e outros. Esta legenda mais completa foi solicitação dos parceiros internacionais que estão financiando o Projeto (OTCA e ITTO) em acordo com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério de Relações Exteriores - explica Paulo Roberto Martini, pesquisador da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe.

O Panamazônia II, segundo Martini, segue o modelo de cooperação regional fomentado pela Sociedade Latino Americana de Especialistas em Sensoriamento Remoto (Selper). Cada país está definindo suas equipes, que serão orientadas pelo Inpe na geração de seus bancos e na interpretação de suas imagens. Segundo o cronograma, em 12 meses as equipes estarão formadas, e os bancos, montados, de forma a fornecer figuras sul-americanas integradas sobre o desflorestamento amazônico.

Antecedentes Em 1992, alguns meses antes da Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Unced), o Inpe, em acordo com a Selper, tomou a iniciativa de dar suporte a um projeto regional de monitoramento da floresta amazônica. O Projeto Panamazônia, como ficou conhecido, permitiu que métodos e imagens geradas no Inpe pudessem ser compartilhados com todos os países amazônicos da América do Sul. A gerência deste projeto ficou sob a responsabilidade do pesquisador Paulo Roberto Martini, cabendo a ele, também, a gerência de sua retomada segundo novos procedimentos.

Produtos gratuitos O Projeto Panamazônia II foi concebido e está sendo desenvolvido com base apenas em produtos gratuitos, como o software SPRING, imagens MODIS e imagens GEOCOVER.

O Inpe, por meio de sua estação em Cuiabá (MT), grava imagens diárias do sensor MODIS, que são gratuitas e cobrem toda a área compreendida pela floresta tropical úmida da América do Sul. Essas imagens são georreferenciadas utilizando uma resolução espacial de 250 metros no terreno. Os outros produtos são gerados a partir do mosaico colorido de imagens Landsat, o GEOCOVER, disponibilizado também sem custo pela NASA, a agência espacial americana. As imagens deste mosaico são ortorretificadas e georreferenciadas, com resolução original de 14,25 metros, tendo sido obtidas entre o período de 1999 e 2000.

Para o Projeto Panamazônia II, o pixel do mosaico GEOCOVER foi reamostrado para cem metros. A geração dos produtos de imagem está sendo feita pelo pesquisador Egídio Arai, da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe.

Metodologia Os procedimentos metodológicos a serem seguidos pelo projeto foram desenvolvidos pelos pesquisadores Valdete Duarte e Yosio E. Shimabokuro, também da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe.

A metodologia consiste, num primeiro momento, em obter um mapa contendo a distribuição espacial de toda floresta tropical úmida da América do Sul, além da rede de drenagem dos países que fazem parte da Panamazônia. Para a obtenção desses dois mapas iniciais, foram utilizados os mosaicos GEOCOVER, pelo fato deles estarem ortorretificados, apresentando alta qualidade na geometria dos temas mapeados.

— O processamento destes mosaicos consiste na geração das imagens-frações derivadas do modelo linear de mistura espectral, com o objetivo de realçar feições de interesse e, ao mesmo tempo, reduzir a dimensionalidade dos dados a serem processados - explica Valdete Duarte. — A seguir procede-se o fatiamento das imagens-frações, seguida da tarefa de edição matricial, feita na tela do computador pelo fotointérprete, que corrige o mapa obtido automaticamente pelo computador - completa o pesquisador.

Após a elaboração deste mapa inicial, contendo a distribuição da mata natural referente ao intervalo 1999-2000, serão utilizadas as imagens MODIS do ano de 2005 para avaliar, em cada país, a perda da floresta tropical úmida ocorrida durante o período.

A continuidade do monitoramento global anual de toda a floresta tropical úmida da América do Sul, ou seja, a sistematização do Panamazônia II, terá como mapa-base o produto final obtido com as imagens de 2005. A partir daí, novas imagens MODIS serão inseridas na base de dados para executar o monitoramento anual, inicialmente, do desmatamento em toda região. (MCT- Ministério de Ciência da Tecnologia, 22/12)

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