Usina de Estreito - IBAMA deve liberar licença em março
2005-12-23
O Consórcio Estreito Energia (Ceste) anunciou que pretende iniciar as obras da Usina Hidroelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins, em maio do ano que vem. O início da construção está dependendo apenas da expedição da licença de instalação pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). O licenciamento deverá ser liberado até março de 2006.
Quando a usina ficar pronta, irá gerar 1.087 megawats, que deverão ser empregados na produção de alumínio em São Luís e na mineração, no Pará. A obra está orçada em R$ 3 bilhões, tem um cronograma de dois anos de trabalho e é resultado de uma associação entre as empresas Suez Energy, Alcoa Alumínio, Companhia Vale do Rio Doce, BHP Billiton e Camargo Corrêa Energia, que vai gerar energia elétrica para manter em funcionamento os negócios das associadas.
A construção de hidroelétrica de Estreito vai gerar cerca de 5,5 mil empregos diretos e mais de 16,5 mil indiretos durante a fase de implantação.
De acordo com o projeto de implantação, as obras da usina vão ser concentradas nos municípios de Estreito (MA), Aguiarnópolis e Palmeiras do Tocantins (ambas no TO). No entanto, o projeto deverá atingir também os municípios de Carolina, no Maranhão, e Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante e Tupiratins, todas no Tocantins.
Hoje, o projeto já tem a licença previa do Ibama, que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento. Em setembro, A Ceste entregou ao Ibama o Projeto Básico Ambiental (PBA), contendo 35 programas e 7 sub-programas sócio-ambientais a serem implementados pelo empreendedor durante a construção da hidrelétrica. Uma maquete da usina está em exposição em Carolina.
Estreito é dos quatro projetos hidroelétricos que o Ibama autorizou este ano - São Salvador, no rio Tocantins, em Tocantins; Aimorés, no Rio Doce, em Minas Gerais, e Barra Grande, no rio Pelotas, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul - e outras duas usinas - Simplício, no rio Paraíba do Sul, na divisa com o Rio de Janeiro e Minas Gerais, e Paulistas, no rio São Marcos, na divisa de Goiás com Minas Gerais - a negociar no último leilão de energia elétrica. (O Progresso – MA, 22/12)