Três soluções para o rio Gravataí
2005-12-22
São necessárias três medidas para acabar com os problemas crônicos do rio
Gravataí: plano da Bacia, zoneamento da área de proteção ambiental do Banhado
Grande (nascente do rio) e estudo de regularização da vazão das águas. A
avaliação foi feita ontem (21/12) pelo presidente da Fundação Municipal de Meio
Ambiente de Gravataí (FMMA), Paulo Müller. – Se isso não ocorrer, o bem mais
nobre do Gravataí, que é sua destinação ao abastecimento de água, se perderá.-
Conforme o dirigente, a situação fica mais crítica a cada dia e, em alguns
pontos, o nível não ultrapassa os 20 centímetros. Além do bombeamento direto das águas do rio para a irrigação de lavouras, o
Gravataí perdeu a sua capacidade de reservar água. Segundo dados da FMMA, 70%
das nascentes já foram drenadas, sobretudo para o aproveitamento agrícola.
A Fepam fará um levantamento da área de arroz efetivamente plantada na Bacia do
rio. O estudo, a ser feito em fevereiro (no auge da lavoura), será baseado em
imagens de satélite. O objetivo é comparar o total de hectares cultivados com os
licenciados. Conforme o diretor técnico da Fepam, Mauro Moura, quem estiver
plantando além da área licenciada será multado. Ontem (21/12), o diretor de
Operações da Corsan, Jorge Accorsi, reafirmou que, no momento, não há risco de
desabastecimento em Gravataí, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha, que dependem do
rio. (CP, 22/12)