Qualidade do ar preocupa o poder público
2005-12-22
Porto Alegre deve fechar o ano de 2005 com o registro de quatro períodos em que
a qualidade do ar foi considerada inadequada no Centro da cidade. A avaliação,
feita nas estações de monitoramento da qualidade do ar da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam), indica a necessidade de ações para reduzir a
poluição atmosférica. Por isso, foi realizada ontem (21/12), no Salão do
Conselho Deliberativo do Internacional, na Capital, a primeira edição do
Diálogos da Cidade - Meio Ambiente. O encontro, que reuniu várias instituições e
o poder público, debateu os problemas e as alternativas para melhorar a
qualidade do ar.
Conforme o meteorologista Flávio Wiegand, da Fepam, a inalação de partículas de
poluição afeta todo o organismo. – Podem ocorrer problemas de pele, no estômago
e, principalmente pulmonares, que causam falta de ar-, frisou. Segundo ele, as
informações sobre a qualidade do ar, quando considerada inadequada, são
repassadas em caráter de urgência aos órgãos de saúde e também ao poder público.
A partir de 2006, as cinco estações de avaliação deverão ser complementadas com
um novo sistema, o biomonitoramento. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Smam) elabora o projeto que utiliza plantas para a análise. – Poderemos ampliar
as áreas de avaliação e conhecer o nível de qualidade do ar em bairros como
Petrópolis e Partenon, onde nunca houve monitoramento-, disse o titular da Smam,
Beto Moesch. A Fundação Zoobotânica, o Centro de Ecologia do Instituto de
Biociências da Ufrgs e a Copesul integram o projeto. (CP, Smam, 22/12)