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2005-12-22
O Banco Mundial quer servir de ponte no debate sobre qual modelo de desenvolvimento seguir na Amazônia, o que foi uma das principais mensagens deixadas pelo presidente do organismo, Paul Wolfowitz, após sua viagem ao Brasil.

Wolfowitz disse à EFE que a dimensão da maior reserva natural do planeta foi uma das coisas que mais o impressionou durante sua viagem de seis dias pelo país, que acabou à meia-noite desta terça-feira.

Sua admiração em relação à floresta amazônica ficou clara no último domingo, durante seu dia de descanso às margens do rio Tapajós, quando decidiu, pela primeira e única vez em toda a viagem, driblar a agenda da visita e pedir a seus guardas de segurança que prolongassem a estada o máximo possível.

— Este tesouro natural é do Brasil e dos brasileiros - disse à EFE o presidente do Banco Mundial (BM). Mas, segundo ele, a Amazônia também é importante para toda a região e a comunidade global.

A percepção de que a floresta é um bem comum leva Wolfowitz a acreditar que a comunidade internacional está pronta para contribuir com fundos adicionais que permitam o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente, um objetivo duplo defendido pelo banco.

Ontem, durante discurso sobre mudança climática em São Paulo, o executivo garantiu que muitos brasileiros pediram a ele que o BM colaborasse mais estreitamente com o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva e com os estados que integram a Amazônia, que estão desenvolvendo uma visão de futuro e precisam de ajuda para transformar essa visão em ação.

No entanto, os planos para os próximos anos não são uniformes, e é nessa disparidade que reside o complexo dilema enfrentado pela floresta.

Uma das forças em conflito se opõe à mudança e quer frear qualquer degradação adicional do meio ambiente.

— Só nos últimos cinco anos, cerca de 112 mil quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia, o orgulho do Brasil, a maior reserva de biodiversidade do mundo e um elemento econômico vital para a população indígena - disse Wolfowitz em São Paulo.

As ONGs lideram a oposição às mudanças, assim como alguns habitantes da Amazônia, como Maria das Dores Diaz, de 75 anos, que disse a Wolfowitz que a vida era melhor durante sua juventude, quando a floresta estava completamente virgem.

Ela e outras pessoas podem ter desejado que a Amazônia nunca tivesse mudado, mas Wolfowitz afirma que isso é muito pouco realista.

No outro extremo estariam, entre outros, as grandes multinacionais, que querem estimular o desenvolvimento econômico incentivando cultivos em grande escala de produtos como a soja, que já tem uma forte presença na região.

Segundo Gregor Wolf, responsável para a Amazônia do Banco Mundial, essas plantações incentivaram grande parte do desflorestamento.

Mas Saran Kebet-Koulibaly, diretora adjunta para a América Latina da Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial que concede empréstimos ao setor privado, diz que os produtores de soja não deixarão a região e o melhor é trabalhar com eles para reduzir o impacto ambiental de seus processos.

O Governo federal e os diferentes estados vivem imersos em um compasso de espera que se traduz em leis ambíguas que impedem um controle efetivo do processo de desenvolvimento.

Apesar disso, Wolfowitz elogiou a liderança do Brasil na questão das energias alternativas, destacando que 42% do consumo energético do país procede de fontes renováveis.

O presidente do BM manifestou seu interesse em continuar trabalhando conjuntamente com o Brasil nessa via, na qual existiria espaço para os setores público e privado.

— Devemos isso a nossos filhos e aos netos do Brasil e do mundo para demonstrar que as próximas décadas podem ser diferentes - disse no discurso que fez pouco antes de sua volta a Washington. (Uol Notícias, 21/12)

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