Reciclagem faz produção de lixo cair 20% em Joinville
2005-12-22
O lixo doméstico produzido em Joinville diminuiu em mais de 20% no último ano. O despejo no aterro sanitário caiu de nove toneladas para sete toneladas por mês, segundo o presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fundema), Norival Silva.
Ele atribui o resultado à conscientização dos moradores sobre a separação do lixo orgânico e do reciclado.
— Acreditamos, também, que as pessoas estão comprando mais produtos que não gerem tantos resíduos - disse Silva.
Ontem o município lançou o Manual de Educação Ambiental de Joinville que será distribuído a 1,5 mil professores de 5ª a 8ª série da rede pública de ensino, para ampliar a educação sobre a preservação. Os textos abordam a realidade da cidade, os recursos naturais e o nível de comprometimento. Cada tema é acompanhado de sugestão bibliográfica e de sites sobre o assunto.
O município também criou ontem o grupo de trabalho que vai regulamentar a lei de gerenciamento dos resíduos. Até o final de janeiro, será definida a forma da coleta e destinação do lixo reciclável, e o papel das empresas e dos catadores.
— Os catadores cadastrados estão inseridos na reciclagem do material recolhido por caminhões da coleta seletiva (lixo residencial) realizada em dois galpões. É provável que sejam também envolvidos na separação ou destinação de resíduos não orgânicos - adiantou Silva.
Pequenos negócios terão que se certificar
Em 2006, a Fundema intensificará a fiscalização de empresas poluidoras instaladas na Bacia do Rio Cachoeira. Existem ainda 5 mil estabelecimentos (incluindo oficinas, postos de combustível, panificadoras e salões de beleza) nessa bacia que não possuem sistema de tratamento de esgoto e poluem a bacia, levada para a Baía da Babitonga.
Em 2005, 110 estabelecimentos fizeram adequações para receber a certificação ambiental (um selo que atesta não gerar atividade poluidora). O documento será exigido com mais rigor no ano que vem.
— Vamos condicionar o funcionamento do negócio a esta adequação. O estabelecimento poderá fechar se não tratar os efluentes poluidores - afirmou o presidente da Fundema. (Diário Catarinense, 21/12)