Na segunda-feira (19/12), o GEGV (Grupo Ecológico Guardiões da Vida) solicitou inquérito civil público junto ao Ministério Publico Estadual, através da Promotoria Pública Especializada, a fim de averiguar a contaminação do arroio Santo Antonio por combustível.

O membro do GEGV, Clovis Alves, explica que, devido a uma denúncia anônima, o grupo esteve no local para verificar a origem da contaminação da água. Chegou-se, então, a um córrego que corre a 200m de um posto de gasolina localizado na vila Mattos. Alves destaca que, no local, diversos buracos foram abertos e deles o óleo brotava. A equipe de O Nacional esteve no local e pôde constatar não somente o intenso volume de óleo recolhido em tonéis, mas também novos buracos perfurados e, ainda, mais combustível vazando do solo. O odor também era bastante forte.

Além de infiltrar-se nas lagoas do local, o óleo é levado até as nascentes do Arroio Miranda. Segundo Alves, constatou-se também que a população ribeirinha utiliza a água - que agora está contaminada -, o que demonstra o perigo ao que a população está exposta.

Acredita-se que a contaminação decorra de um defeito na estrutura dos tanques que armazenam o combustível no posto próximo à área de maior contaminação. Alves salienta que essa falha está contaminando todo o lençol freático e o solo, o que compromete os recursos hídricos e, conseqüentemente, os alimentos cultivados na área.

O promotor civil Paulo Cirne afirmou que o inquérito já foi instaurado e, depois de notificada, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem dez dias para realizar a vistoria do vazamento, apontando os responsáveis, que serão identificados e responsabilizados nas esferas civil e criminal. (O Nacional, 21/12)