A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) investiga na Coréia do Sul trabalhos que poderiam levar à produção de plutônio, potencialmente militar e que pode ser usado na construção de armas atômicas, indicaram fontes diplomáticas, ontem (19/12), em Viena.

O procedimento de tratamento que está sendo investigado é diferente das experiências secretas passadas de separação de plutônio, sobre as quais a agência averiguou no último ano, afirmou um diplomata.

Vizinha da Coréia do Norte, que afirma possuir a bomba atômica, a Coréia do Sul foi criticada pela AIEA há um ano por experiências anteriores sobre plutônio militar e urânio.

O governo norte-coreano fez novas ameaças de uso de armas atômicas nesta segunda-feira, avisando que irá –apressar o programa de armas nucleares–, devido à hostilidade americana ao regime da Coréia do Norte.

A Coréia do Norte –vai aumentar sua capacidade de defesa nacional, incluindo a construção de armas nucleares, para coibir a política americana de isolar o país, usando como desculpa as armas nucleares e à falta de respeito aos direitos humanos–, informou, em comunicado, o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.

O aviso da Coréia do Norte lança dúvidas sobre a continuidade das discussões do programa nuclear do país com representantes dos Estados Unidos, Coréia do Sul, Rússia, Japão e China.

Em setembro passado, a Coréia do Norte tinha concordado, em princípio, em prosseguir com as negociações e o acordo, o que não aconteceu devido a ameaças dos EUA em impor sanções ao país. (AFP, 19/12)