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2005-12-19
Durante mais de sete horas, ambientalistas, comunidade, técnicos e lideranças políticas discutiram os impactos socioambientais da instalação de uma usina termelétrica no município de Cachoeira do Sul.

A audiência pública, promovida pela FEPAM na última terça-feira (13/12), foi o último rito para a conclusão da primeira fase do processo de licenciamento prévio. – Estamos aqui para registrar as manifestações e posicionamento da comunidade de Cachoeira em relação a este empreendimento-, explicou o diretor-presidente da FEPAM , Cláudio Dilda na abertura do encontro.

No início dos trabalhos, que reuniu mais de 2300 pessoas, um breve relato sobre o andamento do processo, que se iniciou em fevereiro de 2003, foi feito pela equipe de análise técnica da FEPAM. Em seguida, foi a vez da apresentação do estudo de impacto ambiental (EIA/RIMA) da consultoria contratada pela empresa. Esta conclui que o projeto tem viabilidade técnica, o empreendimento é viável causando o menor impacto possível , afirmou o engenheiro florestal da consultoria, Pedro Dias.

Muitos foram os questionamentos da população, principalmente em relação aos impactos na água e no ar. O padre Osvaldo Roque manifestou preocupação em relação a poluição que este investimento vai causar na região caso seja implantado, a chuva ácida: em momento algum este estudo faz menção à toxidez desta formação e as conseqüências dessa chuva que se forma , apontou. Ele também questionou o real número de empregos que se está prevendo com a construção da usina. – Essa é uma forma de convencer a população que isto é bom-, criticou.

A ativista da ong Núcleo Amigos da Terra / Brasil, Kathia Vasconcelos Monteiro, falou de sua preocupação com a saúde pública. – Quais são as conseqüências para a saúde da população uma atmosfera contaminada com enxofre, mercúrio?-, questionou.

A presidente da Agapan Edi Xavier apontou a preocupação com a extensão da contaminação dos efluentes para o Lago Rio Guaíba sendo o Jacuí afluente do Guaíba como fica o problema de proliferação de algas tóxicas que ocorre no período de estiagem, indagou. Em vista disso, ela solicitou à FEPAM que seja realizada uma audiência pública em Porto Alegre para saber a posição dos habitantes da capital em relação a este projeto.

A representante do Grupo de Trabalho Energia do Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais, Lúcia Ortiz destacou a importância de se ter o conhecimento dos impactos indiretos deste empreendimento. – Junto com a termelétricas foi mencionado a exploração de três minas de carvão, é importante conhecermos o somatório dos impactos socioambientais para estes empreendimentos-, frisou. Para isto, Lúcia sugeriu que a FEPAM faça um licenciamento conjunto destes empreendimentos. Ela também lembrou que a cidade, por ser conhecida pela produção de arroz, tem como alternativa para produção de energia através da utilização das cascas de arroz.

O prefeito do município de Segredo avaliou como positiva o posicionamento e a participação dos ambientalistas, porém ele avalia o procedimento por outro ângulo. – Temos preocupação e respeito pela questão ambiental mas acreditamos no desenvolvimento econômico a partir da instalação desta usina termelétrica-, afirmou.

Apesar da organização de parte da comunidade de Cachoeira do Sul que tem se manifestado contra o empreendimento devido aos seus impactos socioambientais, o ginásio onde foi realizada a audiência pública estava lotado com pessoas que são favoráveis à implantação da termelétrica, pois acreditam na redução do desemprego e na melhoria das condições de vida da população da região.

A usina termelétrica a carvão, CTSUL, não está apta a participar do leilão desta sexta-feira (16/12), pois o empreendimento não recebeu a licença prévia da FEPAM. Segundo os empreendedores caso seja viável o custo da energia térmica esta usina poderá participar do próximo leilão, em 2006. (NAT, 16/12)

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