O tráfico ilegal de caviar na Europa está ameaçando a extinção dos esturiões, espécie de peixes que tem ossos no lugar das espinhas e que é muito utilizado na produção de caviar. A denúncia é do grupo ecológico Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Desde o ano 2000, na União Européia e na Suíça, foram vendidas cerca de 12 toneladas de ovos de esturião ilicitamente. Por isto, os consumidores estão sendo solicitados, nas festas de Natal, nas quais há maios consumo de produtos de luxo, a proteger esses animais, evitando o seu consumo ou de seus subprodutos.

Conforme o WWF, a Alemanha foi o país que mais contrabandeou caviar entre 2000 e 2005, com cerca de 2.224 quilos, seguido da Suíça, com 2.076; da Holanda, com 1.920; da Polônia, com 1.841; e do Reino Unido, com 1.587 quilos.

A WWF expressou seu temor de que, pelos dados sobre a quantidade de caviar que se comercializa, o contrabando possas ser muito maior, –dada a natureza encoberta do comércio–, declarou Stephanie Thaile, coordenadora do programa contra o tráfico ilegal de espécies. Por isto, a WWF reclamou às autoridades européias que coloquem em ação o quanto antes um sistema de registro de procedência de caviar, cuja criação foi aprovada.

O sistema, que obrigará a indicar o país de origem do caviar, permitirá lutar contra o comércio ilegal do produto, segundo o WWF, que recuerda que el esturión del Mar Caspio, así como en otras zonas del planeta, está en peligro de extinción. O caviar ilegal é vendido tanto por particulares, que o oferecem em postos de mercados ao ar livre, quanto por complexos –entremeados de contrabando bem organizados, que contam com mensageiros pagos, que recolhem maletas pré-embaladas com os ovos, para entregá-los a clientes, no mercado negro–, ezplica Thaile. (El Mundo, 18/12)