Em São José dos Campos, interior de São Paulo, onde está instalado um reator experimental de fusão segundo o modelo idealizado pelo americano no final dos anos 80, denominado tocamak esférico. O aparelho foi montado por umas das equipes brasileiras de pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. O Brasil ainda faz parte dos poucos países que já dominam a tecnologia dos tokamaks esféricos, junto da Inglaterra, Estados Unidos, Rússia e Japão. A equipe já venceu uma etapa preliminar crucial, que é prender o hidrogênio na garrafa magnética. Para isso, ele precisa estar na forma de um gás eletrificado, o chamado plasma, que por si só é uma promessa tecnológica cobiçada no mundo inteiro. Esse material se presta a todo tipo de utilidade e dentro de alguns anos levará a invenções dos mais variados tipos. Na indústria, promete produzir tecnologias inéditas para tratamento de gases, processamento de plásticos, limpeza de superfícies a serem coladas, soldadas ou tingidas, e esterilização de instrumentos médicos. Até o ambiente deverá lucrar porque o plasma aquecimento produz feixes intensos de radiação ultravioleta com alta capacidade desinfetante. (GM/fim de semana/9)