Águas de Joinville vai tampar reservatórios
2005-12-16
O presidente da Águas de Joinville, Henrique Chiste Neto, anunciou ontem que vai tentar incrementar o orçamento, em caráter emergencial, em pelo menos R$ 1 milhão ainda este ano para recuperar os reservatórios de água do município. Chiste Neto garantiu, ainda, que, até o início da próxima semana, serão instaladas tampas nos quatro reservatórios que hoje estão abertos e vulneráveis. Joinville tem 11 reservatórios de água.
Apesar de reconhecer que reformas devem ser feitas nos reservatórios da cidade, Chiste Neto não concorda que esses locais estejam abandonados, dizendo que não há motivos para pânico, pois, para ele, é mínimo o risco de sabotagem. Segundo ele, esses locais são visitados até três vezes por dia para medição de nível e vistorias. O presidente observa, ainda, que quando a Águas de Joinville assumiu, em agosto, alguns reparos emergenciais foram feitos em reservatórios para corrigir vazamentos na tubulação externa.
A água do reservatório do bairro Costa e Silva foi analisada pela bióloga Mônica Schoene Kaimen, do Instituto de Pesquisas Químicas de Joinville. A água coletada não oferece riscos à saúde, sendo considerada potável. Chiste Neto destaca a qualidade da água de Joinville. A companhia possui 200 pontos de análises de potabilidade pela cidade. Em 790 coletas feitas desde agosto, todos exames apontaram conformidade com as exigências. Além disso, são feitas mensalmente mais de 27 mil análises de potabilidade nas duas ETAs. O presidente afirma que a qualidade da água em Joinville sempre foi boa.
Histórico
O quadro atual dos reservatórios de Joinville tem origem na gestão da Casan. De acordo com Chiste Neto, a Águas de Joinville encontrou várias deficiências em todo o sistema assim que assumiu o serviço. Ele explica que a companhia iniciou suas atividades já com atraso nos trabalhos, pois, conforme contrato com a Casan, a Aguas de Joinville deveria já ter iniciado levantamentos sobre o sistema 90 dias antes de oficialmente assumir a função. No entanto, só conseguia entrar nas unidades com ordem judicial devido a impedimentos de funcionários da Casan.
Com isso, Chiste Neto observa que foi só no início de outubro que o orçamento de R$ 12 milhões, referente às obras a serem feitas, foi definido. No entanto, em função de dificuldades financeiras, a companhia teve de selecionar prioridades. Assim, R$ 5 milhões foram orçados em caráter de emergência, com foco principal na melhoria do abastecimento de água à população. O restante do orçamento será investido por meio de licitações não-emergenciais, que demandam mais tempo para conclusão.
As duas estações tratamento de água (Cubatão e Piraí) estão passando por reformas. O investimento é necessário devido ao estado crítico em que se encontravam as unidades. Chiste Neto afirma que, caso houvesse rompimento na ETA do Cubatão, por exemplo, a unidade ficaria parada por, no mínimo, uma semana, comprometendo o abastecimento de 70% da população. (A Notícia, 16/12)