A clonagem de um ser humano, como proposta pelo médico italiano Severino Antinori, é uma grande bobagem técnica - afirma o médico brasileiro Edson Borges Jr., que é presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida. Segundo ele, essa é a posição unânime que preside. A lei brasileira, assim como ocorre na maioria dos países do mundo, proíbe de forma categórica a clonagem de seres humanos, como pretende o médico radicado na Itália. O que os cientistas brasileiros discutem é a necessidade de diferentes dois termos muito confundidos nos últimos tempos. Quando se pretende duplicar um único ser vivo, a Inglaterra principalmente tem usado o termo clonagem reprodutiva. Mas quando a intenção é a manipulação de material genético de células de embriões, por exemplo, com algum objetivo de curar doenças, o processo em questão pode ser considerado uma clonagem terapêutica. Essa segunda é totalmente aceita pela maioria dos cientistas, inclusive os brasileiros. Uma das aplicações da chamada clonagem terapêutica, por exemplo, seria no tratamento de casos de leucemia. A técnica permitiria que ao detectar a doença em uma criança pudessem ser fabricadas células sãs de medula óssea, obtidas a partir de um novo embrião feito com o material genético da mãe. (GM/fim de semana/8)