Nove acusados do vazamento no Tejo, em 2000, são absolvidos
2005-12-16
O julgamento criminal número 1 de Toledo, na Espanha, absolveu nove pessoas, inclusive cinco diretores e quatro técnicos da central térmica de Aceca, radicada em Villaseca de La Sagra (Toledo), do delito contra o meio ambiente do qual estavam sendo acusados por vazamento de combustível no Rio Tejo, em agosto de 2000.
O Ministério Público, em acusação popular exercida pela Junta de Comunidades e representada pela ONG Ecologistas en Acción, já retrirou previamento os encargos contra os acusados. O fiscal, além disto, retrirou a acusação contra os outros imputados.
Segundo relato dos fatos, os acusados Ignacio Eusebio Paradinas, José Luis Martín Largo (diretores), José Fernando Santos Barrueco e Francisco Javier Villalba (membros do Comitê Diretor), Jesús Losilla (chefe de operações), Vicente Sendra e Miguel Ángel Manrique (chefes de turno), e Eduardo Priego e Ignacio Alonso Yepes (técnicos de controle), prestavam seus serviços em Aceca em 1º de agosto de 2001. Nesse mesmo dia, por volta de 5h45min (horário local), os dois técnicos de controle procediam ao enchimento dos tanques, quando indicadores de nível apontaram que o número 1 se encontrava cheio, enquanto o número 2 não estava, e decidiram dar mais pressão sobre o segundo, desviando a bomba que administrava o combustível no tanque 1.
Poucos minutos depois, um dos chefes de turno comprovou que o combustível estava escapando pela válvula manual de um cubo de contenção, a qual se encontrava parcialmente aberta, razão por que ordenou ao encarregado das caldeiras que as fechasse. Às 7h, trocou o turno, e um novo chefe que inspecionou a ocorrência viu o estado do Rio Tejo, colocando-se em contato com o chefe de operações, que, por sua vez, informou ao diretor e aos responsáveis pelo comitê de direção, e estes à Confederação Hidrográfica do Tejo e ao Conselho de Meio Ambiente. Quase 15 mil litros de combustível vazaram, formando uma camada que se desloccou rio abaixo. O caso foi considerado um problema estritamente técnico, sem a imputação de culpa aos envolvidos. (El Mundo, 15/12)