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2005-12-15
O bispo da cidade de Barra, frei dom Luiz Flávio Cappio, espera ser recebido hoje (15) pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. A audiência está marcada para as 17h30, mas os preparativos já começaram ontem, quando cerca de 60 representantes de entidades e sociedade civil organizada fizeram as primeiras reuniões em Brasília, para fechar o Programa do Semi-Árido, que será apresentado pelo religioso ao presidente da República. O texto deve ficar pronto em uma nova reunião, marcada para a manhã de hoje, e apresentará os argumentos divididos por temas, a exemplo dos aspectos jurídicos, técnicos, ambientais e políticos ligados ao projeto de transposição do Rio São Francisco.

Frei Cappio fez greve de fome durante 11 dias em protesto contra o modo como o governo federal pretende realizar a transposição do Rio São Francisco às bacias do Nordeste Setentrional. O bispo decidiu interromper a greve no dia 6 de outubro, depois de conversar com o secretário das Relações Institucionais do governo, ministro Jaques Wagner, que na ocasião assegurou que o debate sobre a transposição seria prolongado. Além de Jacques Wagner, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, também deve participar do encontro.

Logo depois do término de sua greve de fome, o bispo de Barra chegou a declarar que quando fosse convidado pelo presidente Lula, não iria sozinho.

— Quando formos lá não queremos ir sozinhos. Queremos que conosco estejam aqueles que serão os sujeitos da elaboração desse projeto - disse em entrevista coletiva, durante a Assembléia Popular da 4ª Semana Social Brasileira, promovida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O Programa do Semi-Arido é uma proposta de projeto permanente de alternativas de desenvolvimento sustentável do Nordeste e de valorização da população do semi-árido. Ontem, as primeiras reuniões de trabalho foram realizadas no Colégio Irmãs Sacramentinas de Brasília, onde a maioria dos representantes de entidades e da sociedade civil estão alojados. Até o final das reuniões, ninguém sabia se o grupo de representantes participaria da audiência. Porém, todos estavam mobilizados para acompanhar o frei em sua chegada ao Palácio do Planalto.

A presença de tropas do 3º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) do Piauí nas cidades de Petrolândia e Floresta (PE), e de tropas nas Ilha de Assunção (BA - áreas onde está prevista a construção de canais para a transposição do Rio São Francisco - foi um dos temas discutidos na reunião de ontem. Ao mandar homens para estes locais, o governo federal descumpriu não apenas o acordo feito com o religioso, como também a determinação da 14ª Vara da Justiça Federal da Bahia, que em 6 de outubro suspendeu a licença prévia e proibiu a continuidade da obra. O assunto foi incluído entre os aspectos jurídicos envolvidos com a transposição a serem discutido por dom Luiz Flávio Cappio com o presidente.

— Tudo o que estiver no momento acontecendo em termos de transposição de águas fere a Justiça e fere o acordo - disse frei Luiz Cappio, quando foi revelada a presença das tropas.

— Segundo o acordo, nada aconteceria em termos de transposição. Isso foi assinado. O ministro teve a outorga do presidente para assinar em nome dele. Não está sendo cumprido porque nada aconteceria antes do debate para a construção de um projeto alternativo - declarou o frei.

Discussão deverá ser transparente
O bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio, declarou ontem que espera hoje a abertura de uma ampla discussão participativa, verdadeira e transparente para a construção do Plano de Desenvolvimento Sustentável.

— Não temos a pretensão de ter respostas acabadas, mas queremos apontar caminhos. O que vai acabar definitivamente com o sofrimento do povo sertanejo e com a usura da indústria da seca é a convivência com o semi-árido. Muitas iniciativas já existem e as ações da Articulação do Semi-Árido são exemplos vivos de que é possível viver com dignidade no Nordeste - disse durante a reunião de ontem.

Também participaram da reunião representantes de entidades e organizações não-governamentais como o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Comissão Pastoral da Terra, Fórum de Defesa do São Francisco, universidades e representantes da sociedade civil. A representante baiana Ivonylde Medeiros disse que as reuniões de ontem foram produtivas e, ainda hoje pela manhã, o grupo conclui as propostas a serem apresentadas ao presidente.

— Estaremos presentes no Planalto, mesmo que não possamos entrar para a reunião - conclui. (Correio da Bahia, 15/12)

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