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2005-12-15
A água que chega às torneiras dos joinvilenses não está livre de contaminações, até mesmo propositais. Em pelo menos cinco dos 11 reservatórios da cidade a água armazenada está diretamente exposta, sob o risco inclusive de depósito intencional de substâncias, sem contar contaminações causadas pela chuva, animais mortos ou acúmulo de folhas e galhos. Nos locais mais críticos, há escadas e aberturas que levam direto à água, com o acesso possibilitado pela danificação dos portões ou das cercas. Em nenhum dos locais existem seguranças. E, em praticamente todos os reservatórios, também chamados de centros de reservação, o aspecto de abandono predomina. As inscrições de entrada proibida são impotentes.

De acordo com a bióloga Mônica Schoene Kaimen, do Instituto de Pesquisas Químicas de Joinville, a exposição da água pode causar vários problemas de saúde, principalmente complicações gastro-intestinais. Até a água da chuva pode ser uma vilã - os primeiros vinte minutos de chuva podem apresentar elevados índices de contaminação, isso porque nem sempre a água que evapora e chega às nuvens é potável. Outro risco é o de animais caírem na água, podendo causar danos semelhantes à saúde, assim como o acúmulo de material orgânico. Entre os principais problemas causados, estão mal estar, diarréia e cólica intestinal. O caso mais emblemático é o do reservatório do bairro Costa e Silva. Além da ausência de tampa, à beira de dois deles há formação de estalactites. O material foi colhido pela bióloga Mônica Schoene Kaimen para análise.

Ainda este ano, a Associação de Preservação e Equilíbrio do Meio Ambiente (Aprema), chegou a mapear os problemas dos reservatórios. A reportagem de A Notícia visitou todos os locais.

Márcio Ravadelli, gerente de Abastecimento da Companhia Águas de Joinville (CAJ), reconhece que o atual estado dos reservatórios da cidade é ruim. No entanto, ele garante que todos os problemas de manutenção serão resolvidos até a metade do ano que vem. Isso porque estão sendo abertos processos licitatórios que contemplarão todos os aspectos deficientes. A CAJ assumiu o gerenciamento da água da cidade em agosto.

Hoje,inclusive, está sendo aberto o processo de licitação para o serviço de telemetria, que vai possibilitar o monitoramento eletrônico à distância do nível de cada um dos reservatórios. Atualmente, a medição é feita manualmente, uma vez por dia.

A CAJ também vai abrir, ainda este ano, licitações para toda a recuperação estrutural dos centros de reservação, o que compreende desde o conserto de fissuras até a recuperação das grades, portões e tampas, além de roçadas nos matos. Haverá, ainda, segurança eletrônica em todos esses locais. O início das obras está previsto para a segunda quinzena de janeiro.

A falta de manutenção dos centros de reservação é antiga. Mas nem mesmo Gerson Duarte, que foi o último gerente regional da Casan e hoje é assessor de planejamento da CAJ, sabe precisar quando o problema começou, dizendo apenas que já dura alguns anos. Entretanto, ele sinaliza que a causa foi oriunda de falta de verbas. Duarte conta que a Casan chegou a retirar escadas e vedar reservatórios para evitar mergulhos de pessoas.

Como funciona em outras cidades
Florianópolis - Na Capital, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) mantém cerca de 20 reservatórios distribuídos entre o centro, os bairros e as praias. O assessor técnico da diretoria de operações da estatal, Carlos Alberto Coutinho, diz que para a segurança dos reservatórios foi terceirizado o trabalho de vigilância. Ele explica que em cerca de 30% dos reservatórios, a Casan conta com vigia 24 horas, com um profissional por turno.

— São locais com maior probabilidade de vandalismo, como os morros e a região central. Nos demais reservatórios, a tampa é lacrada com cadeado e existe uma vigilância volante, com rondas diárias.

Chapecó - A Casan possui 14 reservatórios de água em Chapecó com capacidade de 15,3 mil metros cúbicos. As construções mais antigas são de 1973 e as mais recentes entraram em funcionamento em 1996. Segundo Antônio Batiston, gerente da agência regional da Casan, depois de ser coletada no Lajeado São José, a água vai para a estação de tratamento, no bairro São Cristóvão, e de lá segue direto para as casas.

— O que não é absorvido por meio da rede retorna para os reservatórios e vai sendo subtraído aos poucos - explica Batiston. A capacidade de armazenamento da água no município corresponde à metade do consumo diário.

Blumenau - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae) tem quatro unidades de tratamento e captação de água, todas cercadas e acompanhadas de dia e à noite por técnicos e seguranças. Duas delas ainda são monitoradas por sistemas eletrônicos. Os seguranças possuem chaves eletrônicas que marcam os locais onde eles estiveram a cada 30 ou 40 minutos. Tudo para garantir o pleno funcionamento das bombas de recalque e unidades de tratamento 24 horas por dia.

Lages - Em Lages o sistema de água é executado pela Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa). Após ser captada no rio Caveiras, a água é levada até a estação de tratamento, no bairro Popular. Após é redistribuída para 20 reservatórios, situados nos pontos mais altos da cidade, para somente depois chegar nas torneiras dos consumidores. Segundo o secretário Zauri Tiaraju de Castro, todos os 20 reservatórios contam com sistema eletrônico de segurança e monitoramento do nível de água.

Criciúma - Há vários anos o Sul do Estado não tem mais registrado casos de invasão nas estações de tratamento da Casan. Segundo o gerente regional da estatal, todas as instalações são cercadas e vigiadas 24 horas por dia.

— Nas estações de Criciúma há cercas e grades protegendo os locais, além disso a empresa também mantém um vigia durante todo o período para evitar problemas - ressalta Alessandro Rabelo. Ele explica que nos demais municípios da região não há vigias, mas existem funcionários se revezando no local 24 horas. (A Notícia, 14/12)

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