Gaúchos apostam na instalação da Aracruz
2005-12-12
O Rio Grande do Sul está próximo de se transformar no maior pólo de produção de
celulose do Brasil. Depois do anúncio do investimento da Votorantim Papel e
Celulose (VCP) no estado e da provável instalação de uma planta industrial da
Stora Enso na Metade Sul, os gaúchos torcem pela definição da nova planta da
Aracruz. A decisão de expandir os negócios já está tomada, só falta definir onde.
A expectativa é de que no início do próximo ano a empresa defina o investimento e
a localização, avalia a comitiva formada por deputados, representantes de
entidades ambiental e da Universidade de Santa Maria que visitou, na semana
passada, a sede da Aracruz, no Espírito Santo. Integraram a comitiva os deputados
estaduais Berfran Rosado, José Sperotto e Marco Alba, junto com representantes
da Ageflor, Amigos da Floresta e da Universidade Federal de Santa Maria.
Ao final da visita, a comitiva se reuniu com o diretor de operações da empresa,
o gaúcho Walter Lídio Nunes, que apresentou o plano de estrutura e organização
da Aracruz para o Rio Grande do Sul. Para Nunes, é importante que o estado esteja
mobilizado para a implementação das plantações florestais. – É preciso uma
discussão qualificada com a sociedade. Nosso setor não tem o que esconder-,
salienta o diretor. Ele destaca que o Rio Grande do Sul tem todas as condições
para investir no florestamento, mas falta conhecimento no assunto e incentivos
às empresas. (JC, 12/12)
Pesquisa ambiental possibilita desenvolvimento da produção
No que se refere à questão ambiental do futuro projeto da Aracruz no Rio Grande
do Sul, o professor adjunto do Departamento de Ciências Florestais da Universidade
Federal de Santa Maria, Mauro Schumacher, se diz impressionado com o
desenvolvimento em pesquisa. – A empresa tem que desenvolver um trabalho na área
ambiental, porque tem que assegurar a continuidade da produção-, afirma.
A Universidade Federal de Santa Maria está formatando uma parceria com a Aracruz
para instalar um projeto na região de Guaíba. O trabalho conjunto entre a UFSM
e a empresa vai avaliar todo o processo de impacto das florestas na região. –
Queremos desmistificar o cultivo de florestas manejadas e vamos avaliar fatores
como produtividade e impacto no solo, água e ar-, explica o professor. (JC, 12/12)