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2005-12-12
Mais de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas de todo o mundo não dispõem de uma provisão razoável e segura de água potável, e cerca de 2 bilhões e 400 milhões de pessoas não têm direito a serviços básicos de saneamento. O problema da falta de água para um em cada cinco habitantes do planeta não é um problema de carência, mas de má gestão. Faz-se necessária uma nova cultura da água, na qual se priorize seu uso como um direito humano inalienável e se realize uma gestão ecossistêmica sustentável deste recurso, em lugar de considerá-lo, como se fez até agora, como um mero produto mercantil.

Na sexta-feira (09/12), terminou em Fortaleza, Ceará o encontro Por uma Nova Cultura da Água na América Latina. Abaixo seguem algumas das considerações colocadas por palestrantes da mesa sobre sustentabilidade ecológica e social.

Para Julia Martinez, pesquisadora do Departamento de Ecologia e Hidrologia da Universidade de Múrcia, Espanha, é preciso que se encontre qual é o conceito de sustentabilidade. – Fabricamos água com a dessalinização, mas o custo energético disso é muito alto e entra em conflito com outro âmbito da sustentabilidade-, explica. Além da fatura energética, segundo Julia, a dessalinização implica em se consolidar um crescimento do agro-negócio e da monocultura, a incorporação de águas que estão fora do ciclo hidrológico, a salinização de alguns territórios e a dulcificação e degradação de outros, a eliminação de habitats naturais e a grave interferência nos ecossistemas.

Cristóbal Félix Diaz Morejón, pesquisador da Diretoria de Meio Ambiente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, disse que a educação ambiental nas escolas em Cuba é feita de forma diferenciada, segundo as necessidades de cada bacia hidrográfica. – Os elementos da água, do solo e das rochas são trabalhados conforme cada bacia, mostrando quais são os problemas e como eles podem interferir para resolver esses problemas-, esclareceu.

Antes da intervenção de outros dois palestrantes, o grupo Parangolé penetrou o auditório do BNB (Banco do Nordeste), com um espetáculo teatral, onde dois pescadores caipiras só conseguem pescar garrafas, latas, pneus, botinas etc , e ainda têm que suportar o mau cheiro dos esgotos vertidos nos rios. O grupo resolve então chamar a comunidade para limpar o ambiente e terminam conclamando a todos do auditório a juntar, papéis, garrafas plásticas e todo o tipo de lixo que estava acumulado debaixo das poltronas de cada um; o ambiente fica limpo outra vez.

Margarita Flórez, da Colômbia, destacou que a água está dentro dos caminhos da privatização na América Latina. Sobre o aproveitamento sustentável da água, ela disse que todos usam esse conceito, mas é muito diferente o que pensam, por exemplo, as empresas e o FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre o que significa sustentabilidade do que pensam os movimentos sociais. – Somos signatários de acordos internacionais que contrariam os interesses ambientais; não se pensa aí nos direitos humanos e na cidadania das pessoas que vivem na América Latina, mas apenas nos investimentos que as grandes empresas podem fazer com nossos recursos; quando se fala de rios, uns se referem à degradação, outros querem construir barragens; os recursos são limitados, não são infinitos e tão pouco inextinguíveis, mas estão sendo tratados como se fossem; a água, sobretudo está sendo tratada como se fosse inextinguível através da privatização e, o que é pior, da monopolização-, advertiu. (Adital, 08/12)

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