Polícia já contabiliza 36 feridos na explosão em Londres
2005-12-12
Um novo balanço realizado pela Polícia inglesa na manhã desta segunda-feira (12/12) dá conta da existência de pelo menos 36 feridos, dos quais quatro em estado grave, por causa de uma série de explosões que atingiu, na manhã de ontem (11/12), um depósito de combustível de Buncefield, próximo à cidade de Hertfordshire, noroeste de Londres. Não há confirmação de mortes.
Um porta-voz da administração do depósito, compartilhada pelas empresas Total e Texaco, confirmou o ocorrido, sem citar vítimas. Segundo os bombeiros, pode demorar alguns dias até que o incêndio seja totalmente controlado.
As instalações de Buncefield, onde ocorreram as explosões, abastecem diversos aeroportos que servem a Londres, como os de Luton e Heathrow, e contêm 20 depósitos de combustíveis, cada um deles com capacidade para 13,5 milhões de litros.
De acordo com testemunhas, os estrondos foram ouvidos a grande distância e muitas casas sentiram o impacto das explosões. As principais ocorrências são janelas e vidros quebrados e telhados danificados. Segundo a rede de TV Sky News, logo depois da primeira explosão, foi ouvido um forte barulho próximo à cidade de Saint Albans. Os moradores falam de chamas vermelhas de mais de 20 metros de altura e enormes colunas de fumaça preta.
O depósito de petróleo de Buncefield fica a 16 quilômetros do aeroporto de Luton, usado para vôos baratos e charter para dentro da Inglaterra e exterior --os serviços no local continuam normalmente. A área também fica próxima à rodovia M1, que liga Londres ao norte da Inglaterra, bloqueada para o tráfego em ambas as direções. Por precaução, a área foi tomada por veículos de socorro.
A Polícia britânica pediu aos vizinhos das localidades próximas ao centro de distribuição de combustível que não saiam de suas casas, para evitar irritações em conseqüência da fumaça. Outras instruções são fechar portas e janelas.
Pelo menos 2 mil pessoas foram retiradas ontem (11/12) de casas situadas nos arredores do centro de distribuição de combustível ao norte de Londres.
Os desabrigados serão levados a centros esportivos e de lazer da região, refúgios do Exército de Salvação e casas de familiares ou amigos, informaram as autoridades.
O incêndio causado pelas explosões, ocorridas pouco depois das 6h (4h de Brasília), demorará ainda vários dias para ser controlado, segundo os bombeiros.
Em conseqüência do acidente, que gerou danos econômicos pesados, vários edifícios vizinhos foram danificados, sobretudo com a quebra de vidros.
As autoridades pediram aos vizinhos de todas as localidades próximas que fechem portas e janelas e permaneçam em suas casas. Aqueles que não podem se proteger estão sendo transferidos a outros lugares.
A fumaça, que segundo as autoridades não é tóxica, é irritante e pode causar ardência nos olhos, tosse e náuseas. Howard Borkett-Jones, diretor médico do hospital da localidade de Hemel Hempstead, em cujas imediações estão as instalações acidentadas, alertou que a fumaça pode afetar pessoas asmáticas.
Uma nuvem de fumaça preta se estende sobre centenas de quilômetros do sul do país e poderia alcançar esta noite o porto de Southampton, a cerca de 110 quilômetros de Londres, segundo o Escritório Meteorológico britânico.
Vinte depósitos de gasolina foram afetados pelo incêndio, cada um deles com capacidade para 13,5 milhões de litros. A polícia abriu uma investigação para esclarecer as causas do acidente, embora haja agentes antiterroristas acompanhando o caso. (EFE; FSP, 12/12)