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2005-12-12
Mesmo com o avanço da agropecuária sobre o Pampa, a região é considerada uma das paisagens mais preservadas do Planeta. Isso se deve à ainda predominante produção extensiva de gado, que ocupa significativas parcelas de campo para a criação de numerosos rebanhos de bois e ovelhas.

O Pampa é um dos únicos locais onde se produz carne com pastagens naturais, resultando em um boi verde com carne de excelente qualidade. Essa característica tem provocado um novo debate, que envolve o parcelamento de campos para assentamentos da reforma agrária e o uso de índices de lotação , medidos em animal/hectare, como critérios de produtividade para as propriedades rurais. – O ideal seriam índices de produtividade e não de lotação. Da forma atual, alguns produtores acabam degradando ainda mais o Pampa, com cada vez mais cabeças de gado para atingir os índices-, alertou Marco Hoffman.

Um dos defensores da paisagem do Pampa, mantida na maioria por grandes propriedades, era o ex-secretário nacional de Meio Ambiente José Lutzenberger. O ecologista, que faleceu em maio de 2002, afirmava que, com o gado, se estabeleceu um equilíbrio entre bosque e pasto. O Pampa seria uma das raras regiões do Planeta em que a exploração humana se encontra em relativa harmonia com o ecossistema. A partir do Século 17, a paisagem começou a ser moldada com a chegada do gado da Europa. Alguns estudos mostram que, sem o gado, poderia existir mais floresta e menos pasto no Pampa. Lutzenberger defendia, inclusive, que o bioma merecia ser declarado como uma Reserva da Biosfera.

De acordo com estudos da UICN (União Internacional para Conservação da Natureza), as pastagens são a vegetação com menor área protegida em todo o globo, com apenas 0,7% da superfície abrigada em reservas. No Pampa, a situação não é diferente. A área protegida é hoje de 534 mil hectares, cerca de 0,3% dos 176 mil quilômetros quadrados do bioma. No entanto, a maioria das áreas protegidas é de uso sustentável e não de proteção integral. Além disso, 90% das reservas de proteção integral estão na zona costeira ou próximas à capital Porto Alegre, e foram criadas para abrigar zonas úmidas e florestas. Os campos gaúchos ainda estão praticamente desprotegidos.

Para começar a mudar esse quadro, o Núcleo de Mata Atlântica e Pampa do Ministério do Meio Ambiente deve organizar, ainda no segundo semestre, uma força-tarefa para estudar e criar novas reservas no Pampa gaúcho. O trabalho terá como base estudos do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio). No ano passado, o projeto definiu como prioritárias para preservação os Campos do Planalto, a Campanha Gaúcha, os Campos de Baixada de Bagé e a Planície Costeira no Rio Grande do Sul. De acordo com o Probio, essas regiões são de extrema importância ecológica. – Criar novas áreas de proteção seria interessante para o Pampa. Mas os estudos devem ser bem feitos para escolher áreas realmente representativas do bioma e sem litígio, evitando futuros problemas-, disse Hoffman, do Gesp. (Revista do Ibama, 09/12)

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