(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-12-07
Um dos principais focos de atenção na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que ocorre até sexta (09/12) no Canadá, o Brasil adotou uma política clara em relação às pressões que vem sofrendo para que reduza os índices de poluição lançados na atmosfera: vai rejeitar qualquer obrigação imposta pelos países desenvolvidos.

Décimo poluidor mundial, em grande parte graças às queimadas na Amazônia, o Brasil tem chamado a atenção por sua proposta radical: quer compensações financeiras em troca da redução de emissões de gases poluentes. A idéia é receber apoio técnico e financeiro que incentive políticas públicas de preservação. Confira trechos da entrevista concedida à Agência RBS pelo chefe da delegação brasileira em Montreal:

Agência RBS: Como o Brasil responde às pressões para estabelecer metas de redução de emissões de poluentes?

Luiz Alberto Figueiredo: O Brasil tem uma matriz energética limpa. Por conta disso, já contribui para o clima. Não há o que pensar em termos de metas e prazos obrigatórios de redução de emissões por países em desenvolvimento porque não foram eles os culpados pela alteração [climática] que vemos hoje. Mas sim as emissões de gases de efeito estufa provenientes de países industrializados nos últimos 150 anos.

Agência RBS: Os países desenvolvidos são obrigados por metas a reduzir suas emissões de gases poluentes. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, não têm obrigação, mas também devem contribuir. Qual é a proposta brasileira?

Figueiredo: Os países em desenvolvimento não têm qualquer obrigação de redução quantitativa de emissões. A convenção do clima é clara nisso. A primeira obrigação dos países em desenvolvimento é cuidar de seu desenvolvimento social, atender a suas populações. Há uma intenção de mobilização de todos os países para que, juntos, façamos esforços pelo clima. A capacidade dos países em desenvolvimento de adotarem medidas para a redução de emissões depende diretamente de ajuda financeira e de tecnológica dos países desenvolvidos. Esses incentivos podem ser medidas comerciais, tecnológicas e de financiamento.

Agência RBS: O Brasil apóia a proposta apresentada por Papua Nova Guiné, de receber compensações financeiras em troca da preservação de florestas?

Figueiredo: Achamos extraordinariamente positiva. O Brasil tem trabalhado muito de perto com os proponentes dessa idéia. E achamos mais: esse estímulo deve não apenas se restringir ao desmatamento, mas também a outros setores que possam beneficiar diretamente os países em desenvolvimento, como energia, transportes, florestas. A idéia de Papua Nova Guiné é um excelente ponto de partida para a criação de condições para que países em desenvolvimento se beneficiem de incentivos no âmbito da convenção. Sem obrigações, sem metas quantitativas. (Pioneiro, 06/12)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -