Área devastada da Amazônia tem redução de 31%, diz governo
2005-12-07
A área desmatada na Amazônia Legal foi de 18.900 quilômetros quadrados entre 1º de agosto de 2004 e 31 de julho de 2005, divulgou segunda-feira (5/12) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília – DF. O número representa uma queda de 31% em relação ao período entre 2003 e 2004, que foi de 27.200 km². Os dados mostrados ontem são apurados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base no sistema Prodes, a fonte mais precisa de avaliação por satélite que o governo tem hoje para calcular a área desmatada anualmente.
De acordo com a ministra Marina Silva, essa queda é conseqüência de iniciativas que combinam ações de comando e controle com grandes operações de repressão, como a Setembro Negro e Curupira, com outras de ordenamento fundiário e territorial e criação de áreas protegidas. A ministra Marina Silva acrescentou, no entanto, que o grande desafio agora é combinar as ações de comando e controle com as ações de desenvolvimento sustentável.
—Para isso é fundamental a aprovação do Projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas, que tramita há nove meses no Congresso Nacional-, disse. O PL irá possibilitar, por exemplo, a implantação de Distritos Florestais, áreas onde será estimulado o uso sustentável de produtos e serviços da floresta. O secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco, destacou que as medidas de combate à grilagem de terra e ordenamento fundiário possibilitaram o cadastramento 30.556 imóveis rurais na Amazônia, o equivalente a 74 milhões de hectares. Para os ambientalistas, a relação entre causa e efeito não é tão simples. Ações previstas no plano não foram colocadas em prática, enquanto outras são isoladas e não refletem um projeto de contenção permanente. (MMA, SBS, 6/12)