Pesquisas canadenses apontam alarme na zona do Ártico indígena
2005-12-07
Cientistas canadenses empenhados no estudo da mudança climática estão apontando sinais de alarme para populações indígenas do Ártico. Muitos deles fazem pesquisas a bordo do quebra-gelos CCGS Amundsen. Segundo os peritos, as maeaças também são expressivas para ursos polares e focas.
O professor Louis Fortier, que integra a equipe, observa que a capa de gelo da região está cada vez menor a cada ano que passa, e que o ano de 2005 marcou um ponto de transição. –Desde 1978, podemos ver um declínio linear na cobertura de gelo do mar. A redução agora é de cerca de 24%, e a capa de gelo está para ficar com 50% de sua espessura–, afirma.
–Até 2004, pensávamos que o declínio era linear, mas desde então há indicadores de que ele temo começado a se acelerar, e em 2005 chegou a um ponto recorde. É estarrecedor–, disse Fortier em Montreal, onde está, no navio atracado a pouca distância de onde representantes de 189 nações discutem a tentativa de novo acordo para frear a mudança climática.
Neste ano, a cobertura total de gelo do Ártico canadense totalizou 5,5 milhões de quilômetros quadrados. Sua espessura caiu de 3,8 metros, em 1970, para 1,6 metro, em 2005. Conforme o cientista, há cinco anos os modelos de computador previram que o Ártico ficaria sem gelo até o verão de 2070, mas, agora, alguns estudos sugerem que isto aconteça já entre 2015 e 2017. (Planet Ark, 6/12)