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2005-12-06
Um encontro internacional sobre a relação entre imprensa e ambiente terminou na última sexta-feira (3/12) com um alvo improvável: a própria imprensa. Na primeira edição da Imes (Cúpula Internacional de Mídia e Ambiente), na Malásia, os meios de comunicação foram acusados de saturar o público com catástrofes.

As críticas começaram já na abertura da Imes, num hotel de Kuching, que fica na ilha de Bornéu e é capital do Estado malaio de Sarawak.

O secretário-geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático, Ong Keng Yong, afirmou que a falta de contextualização do noticiário ambiental e a concentração em grandes desastres, rapidamente esquecidos, faz com que o público acabe desconfiando da relevância e realidade do que é mostrado.

Yong citou o exemplo do tsunami de dezembro passado -segundo ele, apesar do desastre e da perda de vidas, poucos jornais mencionaram o fato de que os países que haviam conservado seus manguezais tiveram suas perdas minimizadas. O geneticista e divulgador de ciência canadense David Suzuki, por sua vez, afirmou que hoje a imprensa é parte do problema, graças ao excesso de superficialidade e imediatismo que, segundo ele, caracteriza seu comportamento.

— A mídia consegue prestar atenção às coisas pelo mesmo tempo que um beija-flor - debochou, ao fazer comentários após a fala de Yong.

Também sobraram críticas para a necessidade da imprensa de tratar fatos como certezas absolutas -algo que, quando se leva em conta o conteúdo científico dos estudos ambientais e a incerteza inerente a eles, é impraticável. O exemplo do aquecimento global -os cientistas não têm dúvida sobre a relação de causa e efeito entre a ação humana e o fenômeno, mas não sabem quanto nem em quanto tempo o planeta vai esquentar- foi citado.

A reação mais extrema contra o comportamento da imprensa, no entanto, veio dos próprios anfitriões, representados pelo ministro-chefe de Sarawak, Pehin Sri Abdul Taib Mahmud. Para ele, Sarawak (pronuncia-se sarauá) é vítima de uma campanha de difamação estimulada por ONGs do Primeiro Mundo e jornalistas de escritório.

Mahmud afirmou que a publicidade adversa gerada por esses grupos era composta de fatos infundados e mentiras deslavadas. Ele citou o caso de um relatório segundo o qual orangotangos estavam sendo mortos para abrir espaço a plantações de palmeira.

— Ora, essas áreas eram floresta secundária, e se sabe muito bem que os orangotangos só vivem em matas primárias - defendeu-se. (Folha de S.Paulo, 05/12)

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