Estados Unidos enfrentam pressão para assinar protocolos climáticos
2005-12-06
Os Estados Unidos irão, nesta semana, enfrentar um lobby intensivo em um esforço para a adoção de ações concretas por parte do governo Bush com relação à mudança climática no encontro que se realiza até sexta-feira (9/12) sobre o aquecimento global, em Montreal, Canadá. Um fracasso na obtenção de concessões dos Estados Unidos poderia levar à futura condenação do presidente George W. Bush e do primeiro-ministro Tony Blair, que disse acreditar que um comprometimento com base legal pode ser obtido.
Quando falou sobre mudança climática abertamente na semana passada, o negociador norte-americano deixou claro que os Estados Unidos não irão fazer parte de um acordo global de corte de emissões de gases de efeito estufa, uma vez que o Protocolo de Kyoto expira em 2012. –Nós certamente não concordamos que os Estados Unidos façam parte de acordos com alvos legais e acordos com prazos posteriores a 2012–, declarou Harlan Watson.
Contudo, na Segunda semana de conversações, conduzida por ministros de alto nível, os Estados Unidos está sendo fortemente assediado por lobistas do Canadá e da União Européia. Eles acreditam que a recusa inicial de Watson pode ser uma tática de negociação e que os Estados Unidos poderiam ser persuadidos a abandonarem esta posição.
As conversações para a discussão da Segunda etapa do Protocolo de Kyoto, que teve início em 1997, começaram em fevereiro deste ano, quando o protocolo, de fato, entrou em vigor. Atualmente, 36 países estão com a obrigação de reduzirem emissões de dióxido de carbono em torno de 5,2% com relação aos níveis de 1990, até 2012. Os Estados Unidos contribuem com 25% para as emissões de gases de efeito estufa do mundo. (The Independent, 5/12)