(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-12-06
Representantes de mais de 30 entidades comunitárias saíram às ruas de Florianópolis nesta segunda-feira (5/12) para protestar contra a ineficiência dos órgãos ambientais e a falta de transparência do poder público, em um manifesto popular chamado Acorda Floripa – Ilha tem limite!. Ao som barulhento do maracatu, a passeata batizada como primeira marcha ambiental de Florianópolis fechou ruas do centro da cidade e trouxe uma multidão de rostos às janelas dos prédios, com sinais de apoio ao movimento. Os manifestantes passaram pelas sedes do Ibama, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) e da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), encerrando o protesto na Câmara de Vereadores, seguido de um show da banda nativa Dazaranha, em praça pública.

Em cada órgão ambiental os manifestantes entregaram a carta do movimento, que teve como bandeira o tema reconhecendo responsabilidades. De acordo com o documento, os recursos da natureza estão se esgotando graças a licenciamentos concedidos de forma equivocada e pela não observância das leis. Os ambientalistas assinaram uma moção de repúdio à forma com que a sua instituição governamental vem concedendo licenças, à falta de estudos de impacto preventivos e à falta de um sistema integrado de proteção ao meio ambiente.

A passeata foi recebida com simpatia pelos órgãos ambientais. O gerente-executivo do Ibama em Santa Catarina, Luis Ernesto Trein, disse que a manifestação foi uma surpresa boa, porque reivindica aparelhamento e mais funcionários para o Ibama, o que é também vontade da entidade. Os funcionários do Instituto de Planejamento Urbano, responsável por alterações de zoneamento, também foram às janelas para aplaudir os manifestantes. Todos apoiaram, só não disseram o que vão fazer para mudar a situação.

O representante da Fatma, substituindo o presidente Sérgio Grando (que está em viagem ao exterior), disse um sonoro sim no microfone, como apoio aos manifestantes e foi ovacionado. Depois, defendeu que a Fatma tem feito um bom trabalho e procura sempre acertar, apesar de reconhecer que a entidade erra. Os números comprovam: mais de 70% das ações civis públicas movidas pelo Ministério Público Federal em irregularidades ambientais são contra a Fatma.

O diretor superintendente da Floram, Francisco Raztki, defendeu-se dizendo que os grandes empreendimentos licenciados na Ilha de Santa Catarina não passam pela entidade. Segundo ele, foi proposto um convênio - que ele espera assinar ainda este ano - para que a Floram também tenha autoridade nos pareceres.

O principal motivo de protesto dos ambientalistas são alterações de zoneamento da cidade, que eles conceituaram de farra em prol da especulação imobiliária. Grandes empreendimentos como o Residencial Costão Golf e o Shopping Santa Mônica, construído próximo a um manguezal, foram alvo de críticas e peças de teatro ironizando a conivência dos órgãos ambientais.

— Não queremos mais Termos de Ajuste de Conduta depois que a depredação já aconteceu, queremos fiscalização preventiva, para que não ocorra – disse Modesto Azevedo, presidente da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco). — Não somos contra shopping, mas, em cima de mangue? Não somos contra golfe, mas, em cima de aqüífero? Não dá – completa.

Mas a segunda-feira foi escolhida como dia de manifestação por um motivo especial: era a data prevista para a votação da peça orçamentária que trata da operação tapete preto, promessa de campanha do prefeito Dário Berger (PSDB). O projeto de pavimentação das ruas da cidade prevê R$ 56 milhões no orçamento de 2006 e já apresenta irregularidades, segundo os manifestantes. De acordo com a assessoria da vereadora Ângela Albino (PCdoB), a proposta orçamentária foi apresentada em linhas gerais - 89% das obras previstas no município não estão especificadas.

O fato inspirou faixas como Operação Tapete Preto – cheque em branco e palavras de ordem pedindo tapete verde, com preservação do meio ambiente e investimento em saneamento básico em vez de asfalto. Os movimentos comunitários entraram na semana passada com uma representação no Ministério Público Estadual pedindo o embargo à votação da peça orçamentária, que, segundo informações do gabinete da vereadora, foi adiada sem data prevista para ocorrer.
Por Francis França

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -