Ativistas querem ação com respeito ao aquecimento global
2005-12-05
Milhares de manifestantes protestaram nas ruas de várias cidades do mundo, neste sábado (3/12), para pedir ação urgente com relação ao aquecimento global, enquanto delegados continuavam com seu trabalho na Conferência Internacional de Montreal, para atualizar o Protocolo de Kyoto.
Segundo a Polícia, cerca de 7 mil pessoas marcharam no centro de Montreal, algumas vestidas como ursos polares. Cinco grupos ambientalistas, incluindo o Greenpeace e a Coalizão da Crise Climática, entregaram uma petição assinada por 600 mil norte-americanos para o Consulado dos Estados Unidos em Montreal, pedindo com urgência que o presidente Bush e o Congresso norte-americano ajudem a diminuir o aquecimento global. –Estamos preocupados com a mudança climática, com formas de vida do Ártico do Canadá que estão desaparecendo–, disse Sarah Binder, do Centro de Ecologia Urbana de Montreal.
Conforme os organizadores, 10 mil pessoas marcharam em Londres, passando pela rua Downing, onde fica a residência do primeiro-ministro Tony Blair, onde entregaram uma carta demandando que o governo reafirme seu comprometimento com Kyoto a fim de garantir legalmente as metas de redução de emissões.
Cantando e fazendo sinais, os manifestantes denunciaram Blair e Bush por suas falhas em perceberem as questões ambientais. Alguns portavam bandeiras designando Bush como –procurado por crimes contra o planeta– e aconselhando –Abandone Blair, não Kyoto–.
Indígenas do Canadá viajaram a Montreal desde áreas isoladas do Ártico a fim de se juntarem ao protesto. O líder nativo Jose Kusugak disse que as pessoas mais ao sul são indiferentes às suas dificuldades. –É importante mostrar que há muitas pessoas que se importam–, disse ele.
O ministro do Meio Ambiente do Canadá, Stephane Dion, que presidiu a conferência no 10º dia, também integrou a marcha e disse que as negociações finais, na semana que vem, envolverão 120 ministros do Meio Ambiente e outros líderes governamentais cuja posição será crucial para a melhoria do acordo de Kyoto. (ABCNews; El Mundo, 5/12)