Residentes de Atlanta cautelosos ao voltar para casas após o Katrina
2005-12-05
Três meses após o furacão Katrina destruir seu lar, Morris Jordan tem uma questão para o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin: –Posso voltar para casa?–
Nagin pediu com urgência, no sábado (3/12), que os refugiados do Katrina voltem para casa durante um encontro que realizou, mas muitos na audiência estavam céticos sobre as condições de sobrevivência na cidade devastada. Jordan, de 54 anos, que está vivendo em Douglasville, no Estado da Geórgia, com sua mulher e dois filhos, disse estar confuso com os muitos apelos das autoridades, os quais têm sido feitos nas duas últimas semanas.
Estou esperando por alguma diretriz do Conselho Municipal. Quero uma mensagem simples, concisa, progressiva e consistente. É o que estou esperando–, disse ele. –Sinto que, após vários meses, devemos colocar em ação este plano–, acrescentou.
Mais de 2,2 mil pessoas – a maioria evacuada de Nova Orleans e de áreas vizinhas – fizeram as malas a partir da Capela Internacional Martin Luther King Jr., no campus do Morehouse College, mas questionam os esforços de reconstrução apontados por Nagin e estão frustrados com o ritmo em que isto está sendo possibilitado. Pelo menos 44 mil famílias vítimas dos furacões Katrina e Rita estão morando na Geórgia, segundo a Agência Federal de Administração de Emergências.
Segundo Nagin, 70% da cidade de Nova Orleans já dispõem de eletricidade, e o restante terá luz até janeiro de 2006. O prefeito assinala que água potável está disponível. E cerca de 1,1 mil negócios estão operando, com mais de 700 estabelecimentos da área de alimentação abertos. (CNN, 4/12)