Na abertura do Encontro, a presidente do Banco da Amazônia, Flora Valladares Coelho, lembrou que a Agenda 21 Brasileira tem por objetivo definir uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o país, destacando a ampla participação dos diversos setores da sociedade civil no processo de construção da Agenda. Para a Amazônia, acentuou Flora, o enfoque do desenvolvimento sustentável passa, entretanto, pela conservação ambiental e não apenas pelo prisma meramente preservacionista da região, como preconizam os países industrializados. - É imprescindível que se busque a melhoria da qualidade de vida regional, através de recursos disponíveis e tecnologias ambientalmente adequadas, de forma que se mantenha o equilíbrio entre as dimensões social, econômica e ecológica, enfatizou. O Basa, que é credenciado como um banco ecológico, com seus quase 60 anos de experiência amazônica, disse Flora, vem buscando estabelecer parâmetros rigorosos para a seleção e priorização de pleitos que promovam o uso sustentável dos recursos naturais da região, envolvendo a ampla disseminação de experiências bem sucedidas - ecológica e economicamente - nas quais a biodiversidade representa o maior capital com capacidade de alavancar e gerar conhecimentos necessários para o desenvolvimento de produtos limpos, de linha natural. Dentre os programas de crédito verde do Basa, Flora apontou o Programa de Apoio ao Extrativismo Vegetal (Prodex, que estimula práticas sustentáveis pelos agricultores familiares que desenvolvem atividades extrativistas, organizados em associações ou cooperativas), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Florestal (Profloresta, envolvendo reflorestamento, manejo florestal e sistemas agroflorestais, inclusive para a recuperação de áreas degradadas), o Programa de Desenvolvimento Rural (Proderur, destinado a pequenos produtores, também incentivando a reutilização econômica de áreas já alteradas ou degradadas, mediante sistemas sustentáveis agrícolas, pastejo rotacionado e criação de animais silvestres) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo (Prodetur, enfatizando a consolidação de pólos de ecoturismo). A presidente do Basa abordou, também, o apoio que o banco vem dando a projetos de pesquisa/disseminação de tecnologias sustentáveis na Amazônia, através de convênios com universidades e outras instituições qualificadas. Ela informou que estão sendo custeados 239 projetos, a cargo de 26 instituições.