Governo aprova construção de torres em área costeira na Argentina
2005-12-02
Ontem (1º/12), em meio a uma gritaria generalizada onde não faltaram insultos, a cidade argentina de Vicente López utrapassou uma meta que, para o bem ou para o mal, dificilmente será revertida. Poucos minutos antes das 15h e diante de 200 pessoas — entre as quais favoráveis e contrárias—, o Conselho Delibertivo aprovou, por 20 votos contra quatro, uma polêmica resolução que permite a construção de edifícios em zonas distintas da cidades, incluindo a área costeira.
–Defendo os interesses de quase 300 pessoas das vizinhanças e não me intimido porque 30 pessoas me insultam permanentemente. Necessitamos de investimentos sérios que nos permitam, em troca de compensações, construir casas para pessoas sem recursos e seguir nossa política mestre de não aumentar os impostos–, disse o intendente Enrique García.
Questionado por vários agrupamentos de vizinhos preocupados com o possível impacto ambiental, o município estabeleceu que em parcelas sobre a localidade de Libertador, que tenham mais de 2,5 mil metros quadrados, possam ser construídos até 18 pisos. Nos terrenos localizados entre Libertador e o rio, com igual superfície, poderão ser erguidas torres de até 15 pisos. Até o último dia de novembro, o Código de Ordenamento Urbano apenas permitia seis pisos. Além disto, foi autorizada a construção de até 12 pisos na costa de General Paz e Panamericana. (Clarín, 2/12)