Preocupação com cidadania ambiental ainda é pouca, diz especialista espanhol
2005-12-02
Num mundo cada vez mais globalizado, uma nova abordagem surge no Direito: o
acesso dos excluídos à cidadania ambiental. A idéia gira em torno de que todos
os cidadãos são protagonistas da proteção ambiental. Preocupados com as mudanças
no Meio Ambiente, o Curso de Especialização em Direito Ambiental da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul e o Instituto O Direito por um Planeta Verde
trouxeram ao Estado uma autoridade mundial no assunto: o professor Gabriel Real
Ferrer, presidente da associação de doutores em Direito Ambiental da
Universidade de Alicante, na Espanha.
Em conferência proferida na última terça-feira (29/11), na Faculdade de Direito
da UFRGS, Ferrer fez um alerta: muitas pessoas não têm condições de pensar em
cidadania e Meio Ambiente. De acordo com ele, entre os motivos dessa exclusão
estão os problemas econômicos, sociais, culturais e de educação. Ferrer destacou
que não basta termos direitos e política aos cidadãos, é preciso que ocorram
realizações práticas . Somente assim, segundo ele, teremos mais
capacidade e responsabilidade em material ambiental .
Presente ao evento, o secretário estadual do Meio Ambiente Mauro Sparta
ressaltou o intercâmbio de informações entre as universidades brasileiras e
européias na área ambiental. – É importante que a gente saiba das experiências
dos outros para acertos nossos caminhos-, disse. Por sua vez, a coordenadora do
Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público gaúcho e
presidente do Instituto O Direito por um Planeta Verde, Sílvia Cappelli, entende
que novos temas como a cidadania ambiental são importantes porque o Direito
Ambiental se relaciona com interesses sociais . A coordenadora do curso de
especialização em Direito Ambiental da URFGS Cláudia Lima Marques informou que a
cidadania ambiental é uma nova linha dos Direitos Humanos, que tem recebido
apoio da ONU. (MP, 1/12)