Novo Hamburgo concede mil licenças ambientais este ano
2005-12-02
Até o final do ano, a Secretaria Municipal de Preservação Ambiental (Sempa)
pretende conceder mil licenças ambientais e renovações a empreendimentos de
pequeno potencial poluidor. A meta está quase cumprida. Apenas este ano já foram
concedidas 929 licenças e renovações. Outro objetivo que deve ser atingido ainda
este ano é a delegação de competência de licenciamento local para
empreendimentos de médio e grande potencial poluidor. Atualmente estas licenças
na cidade são concedidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Para o titular da pasta, Marcos Aurélio Chedid, esse crescimento no número de
licenças concedidas reflete a aceitação da comunidade da importância de estar
dentro das exigências de preservação ambiental. Quando a Sempa recebeu a
delegação para licenciar os pequenos agentes poluidores, em 2002, foram
concedidas 78 licenças. A cada ano esse número foi crescendo. Em 2003, foram 167
e, no ano passado, 536. – As renovações também estão ocorrendo. Das de 2004
apenas 90% dos empreendimentos já fizeram suas renovações.-
Para 2006 a meta da Sempa é aumentar 20% o número de licenças e renovações.
Chedid ressalta que com a liberação para o município emitir o documento aos
empreendimentos de médio e grande capacidade poluidora também vão aumentar os
recursos disponíveis no Fundo Municipal de Meio Ambiente. Ele comenta que este
ano já foram arrecadados cerca de R$ 300 mil com o trabalho de licenciamento.
RECURSOS - Os recursos do Fundo, conforme Chedid, são usados para
programas como o Canoas que te quero verde , a manutenção do Minizôo, compra de
equipamentos e capacitação de funcionários. – Esse recurso vai dobrar quando a
Sempa tiver autorização para conceder as licenças para grandes empresas como a
Refap e outras-, exemplifica.
Chedid diz, entretanto, que pelo menos 40% das novas notificações não são
atendidas imediatamente. – Geralmente esses só nos atendem com a segunda
notificação.- Ele salienta que é muito grande o número de empreendimentos de
pequeno potencial poluidor. – Atualmente 50% dos estabelecimentos que
trabalhamos funcionam sem alvará. Isso é perigoso não apenas nos casos
sanitários, mas também devido à poluição sonora.- Ele cita que 60% das
reclamações que a Sempa recebe são justamente de bares e lancherias que
funcionam com música ao vivo sem autorização.
Outro item considerado fundamental por Chedid é a questão da poluição das águas
da cidade. – Oficinas e lavagens de carros, por exemplo, lidam diariamente com
produtos poluidores que caem direto no esgoto pluvial e poluem as águas do
Arroio Araçá, onde a Corsan capta a água consumida pela cidade.- (Diário de
Canoas, 01/12)